REDAÇÃO
CENTRAL, 06 Ago. 17 / 05:00 am (ACI).- No dia 6 de agosto,
a Igrejacelebra
a festa litúrgica da Transfiguração do Senhor no Monte Tabor (Israel), na
presença dos apóstolos Pedro, Tiago e João. Foi neste episódio que Jesus
conversou com Moisés e Elias e escutou-se de uma nuvem a voz de Deus Pai que
dizia “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!”
(Lc 9, Mc 6, Mt 10).
No Catecismo da
Igreja Católica (555), em referência à passagem bíblica, menciona-se que “por
um momento, Jesus mostra a sua glória divina, confirmando assim a confissão de
Pedro. Mostra também que, para ‘entrar na sua glória’ (Lc 24, 26), tem de
passar pela cruz em Jerusalém”.
“Moisés e
Elias tinham visto a glória de Deus sobre a montanha; a Lei e os Profetas
tinham anunciado os sofrimentos do Messias. A paixão de Jesus é da vontade do
Pai”, assinala o Catecismo.Deste modo, recorda as palavras de Santo Tomás de Aquino, que afirmou que neste
acontecimento “apareceu toda a Trindade: o Pai na voz; o Filho na humanidade; o
Espírito Santo na nuvem luminosa”.
Segundo o
relato evangélico, a Transfiguração ocorreu em um monte alto e afastado chamado
Monte Tabor, que em hebraico significa “o abraço de Deus”.
São
Jerônimo comentava este episódio da vida de
Jesus com muito ardor e acrescentava inclusive palavras na boca de Deus Pai
para explicar a predileção de Jesus. “Este é meu Filho, não Moisés nem Elias.
Esses são meus servos; aquele, meu Filho. Este é meu Filho: de minha mesma
natureza, da minha mesma substância, que em Mim permanece e é tudo o que Eu
sou. Também aqueles outros são certamente amados, mas este é meu amadíssimo.
Por isso escutem-no”, disse o santo.
“Ele é o
Senhor, estes outros, os servos. Moisés e Elias falam de Cristo. São seus
servos. Não honrem os servos do mesmo modo que o Senhor: escutem somente o
Filho de Deus”, acrescentou.
Quando a
Transfiguração acabou, Pedro, que havia dito “Senhor, é bom estarmos aqui!”,
desce sem compreender o que havia acontecido. Por isso, Santo Agostinho, em um
dos seus sermões, se refere ao Primeiro Pontífice com palavras de reflexão, que
na verdade se transformam em uma interpelação para cada cristão no mundo de
hoje:
“Desce para
sofrer na terra, para servir na terra, para ser desprezado, crucificado na
terra. A Vida desce para fazer-se matar; o Pão desce para ter fome; o Caminho
desce para cansar-se da caminhada; a Fonte desce para ter sede; e tu recusas
sofrer?”.
Fonte: ACI Digital
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