04/07/2017 - 3ª-feira da 13ª Semana Tempo Comum
Gênesis 19, 15-29 – “O nosso refúgio é na casa do Senhor”
“Trata de salvar a tua vida. Não olhes para trás nem te detenhas em parte alguma desta região.” Foram estas as palavras que os mesmos anjos que estiveram com Abraão, dirigiram a Ló para que fossem salvos, ele e sua família da destruição de Sodoma, cidade amaldiçoada por causa da iniquidade dos seus habitantes. A Ló foi concedido um lugar para que ele e a sua família se refugiassem, no entanto, transgredindo as ordens dos anjos, a sua mulher olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal. Hoje, também, nós podemos nos situar no contexto desta história para perceber que o Senhor está sempre a nos enviar os Seus mensageiros a fim de nos salvar das catástrofes espirituais que abalam o mundo. Vivemos no meio das maiores aberrações e convivemos com os mais diversos contra testemunhos da fé que professamos. Nós e nossa família estamos sempre correndo o risco de ser exterminados pelas consequências que o pecado nos impõe. O Senhor também diz hoje a cada pai, mãe, filho, filha, irmão, irmã que são responsáveis pela sobrevivência material e espiritual da sua família: “Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas e sai, para não morreres também por causa das iniquidades da cidade”. Ele também providencia um refúgio para nós, na Igreja, na Comunidade, nos lugares de oração, mas também nos adverte: “não olhes para trás nem te detenhas”. E muitas vezes nós não acreditamos, duvidamos ou temos saudade da vida passada e transgredimos as orientações de Deus. Queremos olhar para trás e ainda nos deliciar com as “coisas boas” da vida velha. Por isso, nos tornamos pessoas paralisadas, sem vontade própria, perdemos o referencial da nossa família e nos afastamos do lugar que Deus reservou para nós. O Senhor deseja salvar a nós e a nossa família, mudar radicalmente a nossa mentalidade nos retirando da mesmice do meio da perversidade que por si só, tenta nos destruir. O nosso refúgio é na casa do Senhor, na convivência dos que O temem no meio do Seu povo, cantando louvores a Ele. Só assim seremos salvos da destruição e teremos vida nova. – Você compreende isso? – Você já percebeu que Deus tenta salvar a você a sua família, por isso envia os Seus mensageiros? – Aonde você tem ido se refugiar das intempéries do pecado? – Você tem querido voltar para a vida velha? – O que isto tem lhe proporcionado?
Salmo 25 – “Tenho sempre vosso amor ante meus olhos”
A oração deste salmo é um cântico que deveria estar sempre nos nossos lábios. Nele nós suplicamos ao Senhor um refúgio bem seguro contra as investidas do maligno e colocamos à Sua disposição, o mais íntimo do nosso ser, onde se encontra o Seu amor. “Vossa verdade, Senhor escolhi por meu caminho”, diz o salmista. “Vou caminhando na inocência, libertai-me, tende piedade”. Repita hoje este salmo como uma intercessão por você e pela sua família.
Evangelho– Mateus 8, 23-27 – “Entrar na barca com Jesus é estar na Igreja”
As tempestades da nossa vida são vivenciadas por nós com muito mais serenidade quando temos confiança na presença de Jesus. Quando estamos na barca com Jesus nós percebemos que as horas de dificuldades da nossa vida são vividas com mais confiança, apesar de que ainda tenhamos medo. Os discípulos que acompanharam Jesus e entraram com Ele na barca perceberam isto! Entrar na barca com Jesus é fazer parte da Sua Igreja, é estar na Comunidade entre irmãos, é se deixar envolver nos mistérios divinos. Em comunidade, convivendo com os irmãos, partilhando a Sua Palavra, nós percebemos melhor a presença de Jesus, mesmo que às vezes, aparentemente, Ele pareça estar dormindo. Ainda assim, nós sabemos a quem recorrer nas horas de aflição e provação. Quantas pessoas vivem no mundo, entregues somente, aos seus recursos materiais e não têm para quem apelar e pedir socorro nos momentos de agonia! Há fatos e acontecimentos que nos tiram completamente a segurança e o equilíbrio e, se não tivermos um porto seguro, nós sucumbiremos. As situações críticas são sempre um termômetro que mede o grau de consciência da maturidade ou infantilidade da nossa fé. Mesmo diante do pavor dos discípulos, Jesus ameaçou os ventos e o mar e eles O obedeceram! Quanto mais Ele poderá fazer por nós se nos mantivermos firmes na fé sabendo que Ele está pertinho de nós para nos defender? É promessa de Jesus para nós: “no mundo haveis de ter aflições. Coragem eu venci o mundo”. (Jo 16, 33b) – Você já entrou na barca de Jesus? – Você confia que Ele o (a) ajudará na hora da tempestade? – Você já passou por alguma aflição? – A quem você recorreu?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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