REDAÇÃO
CENTRAL, 15 Jul. 17 / 04:00 pm (ACI).- A ativista africana
e presidente da Culture of Life Africa, Obianuju Ekeocha, destruiu os
argumentos de uma jornalista da BBC, que afirmava que as mulheres africanas
precisam do aborto e da contracepção para sair da
pobreza.
Na
entrevista foi realizada na terça-feira, 11 de julho, através da BBC World News
em um segmento dedicado ao “Dia Mundial da População”, no qual Ekeocha
representou a Sociedade para a Proteção dos Não Nascidos.
“A minha
salvação da pobreza foi a educação, não foi a contracepção. E há tantas outras
mulheres que caminharam pelo mesmo caminho que eu, sem ter que recorrer à
contracepção fornecida pelo governo britânico ou pelo governo dos Estados
Unidos”, disse Ekeocha, que além disso, sublinhou que se combate a pobreza com
o fornecimento de alimentos, água ou cuidados médicos básicos.
Em seguida,
diante da afirmação da jornalista Babita Sharma de que o aborto e a
contracepção são um “direito humano básico”, a ativista pró-vidarecordou
que as mulheres africanas não pedem nenhuma destas alternativas, porque elas
são uma “solução ocidental”. “Se falamos de aborto, bem, acho que nenhum país ocidental tem o direito de
pagar por abortos em um país africano, especialmente quando a maioria das
pessoas não quer abortar. Então isto se torna uma forma de colonização
ideológica”, indicou a ativista.
Em resposta,
a jornalista da BBC disse que é um “fato” “que centenas de milhões de mulheres
não têm acesso (à contracepção) e deveriam ter”.
“Bom, você
está dizendo ‘deveriam’, mas quem é você para decidir, se você não se importa
com o que eu digo? Não há uma demanda popular. Eu nasci na África, cresci na
África e vou lá várias vezes por ano. Você pode falar com qualquer mulher
(africana). Acho que a contracepção poderia ser a décima coisa que ela
gostaria”, sublinhou Ekeocha.
Além disso,
a ativista africana respondeu que não estavam escutando as pessoas. “Durante
toda essa conversa sobre a contracepção, a única coisa que eu nunca ouvi falar
é sobre seus efeitos colaterais. Ninguém diz isso às mulheres africanas quando
promovem a contracepção”, denunciou.
Finalmente,
Ekeocha disse que recentemente consolou as mulheres africanas que tinham usado
dispositivos intrauterinos, sem terem sido advertidas sobre seus efeitos
colaterais.
“Essas
mulheres estavam chorando. Ninguém nunca lhes contou acerca dos terríveis efeitos
colaterais dos anticoncepcionais. Mas alguém de uma organização ocidental veio,
colocou-lhes este dispositivo intrauterino e por fim lhes disse: ‘isso é o que
você precisa para sair da pobreza’”, concluiu.
ACI Digital
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