Cidade do Vaticano (RV) - O perigo que se corre no mundo da escola é o da “elitização”. Foi o que denunciou o Papa Francisco, que no discurso em espanhol e sem texto, em resposta às perguntas dos jovens de nove países dos cinco continentes, por ocasião da inauguração oficial feita na tarde desta sexta-feira (09/06) da sede vaticana de “Scholas Occurrentes”, estigmatizou a atitude de quem pensa que “o pressuposto da educação” é “criar uma elite”. Com sede vaticana no Palácio São Calixto, em Roma, a fundação é uma organização de direito pontifício criada por iniciativa de Francisco.
“Educar garotos e garotas não é saber algo, é saber usar as três linguagens” da educação: a linguagem da mente, a linguagem do coração e a linguagem das mãos. Estamos num mundo em que domina a globalização, e a globalização é boa – explicou o Santo Padre –, porém o perigo é concebê-la como uma bola de bilhar, toda igual: uma esfera onde tudo é equidistante do centro, mas em que se anulam as características pessoais de um jovem ou de uma jovem. Todos são iguais.”
“A autêntica globalização é um poliedro”, reiterou Francisco citando a imagem da Evangelii gaudium, “onde buscamos a unidade, mas cada um mantém a própria peculiaridade, a própria riqueza”.
A educação como “abertura, escuta, diálogo”, não se faz agredindo, advertiu o Papa, que logo em seguida exclamou: não prática do bullyng! “Encontrar-se, dialogar, inclusive sobre problemas graves”: este é “o trabalho para a formação”, disse o Pont[ifice citando os ministros e as autoridades presentes, que “estão aprendendo eles mesmos aquilo que vocês aprendem, e têm a coragem de ser criativos.” (RL – Sir)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano
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