sábado, 30 de abril de 2016

NENHUM FUNCIONÁRIO SERÁ DEMITIDO NA REFORMA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DO VATICANO



A reforma dará prioridade à informação destinada aos países onde há restrições à liberdade religiosa ou onde as Igrejas são muito pequenas

SERGIO MORA

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Mons. Vigano En La Stampa Estera

A reforma dos meios de comunicação da Santa Sé na era digital está em curso, irá torná-los mais eficientes, terminará em 2018, e neste processo serão fundamentais os dados sobre quem e quantos são os usuários da informação do Vaticano.

Foi o que disse nesta sexta-feira o prefeito da Secretaria da Comunicação do Vaticano, mons. Dario Eduardo Viganó, em uma coletiva de imprensa na Associação Imprensa Estrangeira na Itália.

“Através do Google e outros motores e informadores de dados devemos entender o que é mais certo para o público ao qual nos dirigimos, e às suas diversas categorias e target. Contrariamente é como escrever um livro, mas não ter quem o distribua”.

Além disso, procurar-se-á favorecer, garantiu Mons. Vigano, a informação “nos países que sofrem restrições à liberdade religiosa ou onde as igrejas são muito pequenas”. E será importante poder estar, por exemplo, na rede China QQ, como no Facebook nos nossos países.

Destacou também que “reforma não contempla demissões” dos mais de 600 funcionários que trabalham nos meios de comunicação da Santa Sé: técnicos, jornalistas, pessoal administrativo, fotógrafos, camarógrafos, etc.

“A economia será graças à junção dos serviços – disse – o que faz entrar tudo em uma economia de escala”, por exemplo “o serviço internet agora está no edifício da Rádio Vaticano, o que significa economizar em porteiros, administração e outros serviços”.

Também haverá dois grandes portais, um já existente – vatican.va – e outro que terá um nome tipo “News vatican” ou “info vaticano”, ou algo semelhante.

Lá se poderá conhecer o número de visualizações ou de escuta que têm os programas e isso permitirá entender que redações precisam de reforços e quais não. “O que se pode traduzir em transferir pessoal, mas não despedi-los”. É preciso ter em mente, também, que ao longo do tempo alguns se aposentam, fatores que irão reduzindo o número do pessoal.

Sobre o trabalho da rádio e da televisão, destacou que “a Rádio Vaticano não pode pretender ser uma rádio global, pelo que é importante procurar sinergias com os programas diocesanos e a partir daí chegar ao público”. Ou seja, “não se trata de uma competição, mas de uma cooperação”, disse.

Destacou, por exemplo, “a Rádio Coope na Espanha, à qual o nosso programa chega via web e eles o retransmitem como querem e quando querem”. Pelo contrário, na transmissão ao vivo, comentou mons. Viganò, receberam indicações de que preferiam fazer os comentários nos próprios lugares onde se divulgava porque seriam vários dos que fazia a redação em espanhol em Roma.

O prefeito da Secretaria da Comunicação do Vaticano também observou que existem atualmente cinco endereços na comunicação da Santa Sé: o Departamento teológica pastoral que é o ex departamento das Comunicações Sociais; a comunicação institucional que compreende a sala de imprensa da Santa Sé; a editorial; e os assuntos gerais com os departamentos jurídicos.

Na direção editorial, destacou, estarão os referentes dos vários meios, do L’Osservatore Romano, da rádio e da televisão, das mídias sociais, além do portal. Daí sairá o fluxo de informações que será adaptado por cada meio.

Fonte: Zenit

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