A
concentração iniciará às 7h30 na Praça do Cristo Redentor – ao lado do Seminário
da Prainha. A caminhada sairá às 08h30 e percorrerá Av. Monsenhor Tabosa,
dobrando na Rua Tibúrcio Cavalcante, indo até Avenida Beira Mar. Este ano os
participantes, durante a caminhada, se dividirão em quatro blocos: Brasil que
temos; População de Rua – moradia; Juventudes; a Mídia que mente.
O
Grito dos Excluídos é um conjunto de manifestações populares que ocorrem no
Brasil Estas manifestações têm como objetivo dar visibilidade aos excluídos da
sociedade, denunciar os mecanismos sociais de exclusão e sinalizar/propor
caminhos alternativos para uma sociedade mais inclusiva. Em 2015 já se realiza o
21º Grito dos Excluídos com o tema: “Que país é este, que mata gente, que a
mídia mente e nos consome?”.
O
Grito
O
Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um
espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos,
entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos
excluídos.
O
Grito é uma descoberta, uma vez que agentes pastorais e lideranças apenas abrem
um canal para que o Grito sufocado venha a público.
O
Grito brota do chão e encontra em seus organizadores suficiente sensibilidade
para dar-lhe forma e visibilidade. O Grito não se caracteriza por discursos de
lideranças, nem pela centralização dos seus atos; ao contrário, envolve todas as
pessoas, entidades, movimentos sociais, sindicais e igrejas que defendem a vida,
todas as formas de vida! O ecumenismo é vivido na prática das lutas, pois
entendemos que os momentos e celebrações ecumênicas são importantes para
fortalecer o compromisso.
Informações
com Padre Luis Sartorel (85)9969.9305; Isabel Forte 985) 99989.5102; Francisco
Vladimir (85) 99969.7804
Leia
a Carta que será lida durante a caminhada
Grito
dos Excluídos e Excluídas 2015: “Que país é este, que mata gente, que a mídia
mente e nos consome?”.
Neste
ano, o Grito dos Excluídos e Excluídas, que comemora 21 anos de história, alerta
para a situação de violência em que o país se encontra e cujas vítimas maiores
são as juventudes da periferia. Chama a atenção para o papel destruidor dos
meios de comunicação de massa, cujo principal objetivo é defender os interesses
das classes dominantes, que ditam seus valores e dirigem o pensamento do povo
brasileiro.
“Que
país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”. Com esse tema o
Grito dos Excluídos 2015 convoca não só as pessoas excluídas e oprimidas, mas
também as pessoas generosas e solidárias, com fome e sede de justiça, a se
unirem na luta pelos direitos conquistados e a serem conquistados.
Na
Arquidiocese de Fortaleza comunidades, paróquias, associações de bairros,
organizações populares e pastorais sociais realizaram atividades em preparação
ao evento que se realiza hoje, 7 de setembro.
Brasil
que temos
A
participação política da sociedade não pode se resumir ao político-partidário,
expressa a cada dois anos nas eleições. Tudo o que fazemos é ato político;
precisa, pois, está conectado aos interesses do povo. Se temos um Estado a
serviço de interesses econômicos, é dever das forças populares pressioná-lo a
assumir o compromisso com o Projeto Popular que colocamos como opção: reforma
politica, reforma fiscal, reforma agrária, moradia, transporte e saúde publica
de qualidade e de fácil acesso.
Diante
de movimentações das ruas que nos levam a questionar a compreensão que se tem de
democracia, o Grito dos Excluídos, pelos processos formativos e de articulação
que capilariza, tem sido um espaço importante de formação política, sintonizada
com as grandes preocupações dos pobres e excluídos do Brasil.
População
de Rua – moradia
A
população de rua faz dos espaços públicos sua moradia, tem sua dignidade ferida
e agredida. É exposta cotidianamente a todo tipo de violências, sejam
institucionais, sejam simbólicas, sejam de outra natureza. A moradia é o caminho
para superar essa situação de exclusão. Portanto chega de omissão. Queremos
habitação, moradia para as pessoas em situação de rua.
Juventudes
As
juventudes são a semente da sociedade, por isso somos contra uma série de
fatores que as marginalizam na cidade, nas periferias urbanas e no campo. Entre
esses fatores acontece a massificação dos meios de comunicação social contra a
juventude, não compreendendo os seus gritos.
Mídia
que mente
O
Grito 2015 quer desmentir a mídia burguesa e conservadora. A mídia que mente,
deturpa os fatos, cria situações para destruir direitos dos trabalhadores e dos
pobres. Os meios de comunicação estão concentrados nas mãos de poucas famílias
no Brasil.
A
democratização dos meios de comunicação se faz necessária, já que a própria
democracia fica comprometida sem uma comunicação em que todos e todas possam
falar e ser ouvidos, sem que a diversidade e a pluralidade de ideias existentes
no país circulem de forma equilibrada nos meios de comunicação de
massa.
A
expressão do Papa Francisco “nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem-terra
e nenhum trabalhador sem direitos” nos compromete ainda mais.
Superemos,
com mais firmeza, a exclusão em nosso país, participando da construção de uma
sociedade justa, solidária e cuidemos da vida do planeta e do ser humano, como
nos convida o papa na Encíclica Laudado Sí.
Com informações da Pascom da Arquidiocese de Fortaleza
Nenhum comentário:
Postar um comentário