01/04/2014
- 3ª. feira –IV
semana da quaresma
- Ezequiel 47, 1-9.12
– “o rio do Espírito Santo”
Deus usa
das coisas visíveis
com o intuito de nos instruir em relação às coisas invisíveis, pois a Sua obra é
espiritual. Deste modo, em todas as vezes que ouvirmos falar de
cidades, de rios, de árvores, de plantas, de frutos, isto é, coisas da nossa
vivência humana, nós podemos atribuí-las ao que possuímos no interior do nosso
ser. “Transportado por Deus no curso das visões
divinas, à terra de Israel” (conforme Ez 40,2), Ezequiel continuou
relatando o que o Senhor lhe mostrava. A visualização das águas que jorravam do
lado direito do templo e se tornaram um rio que não podia ser atravessado,
senão a nado, nos levam a meditar no Espírito Santo que brotou do lado direito
de Jesus, na Cruz, na hora da Sua Morte, nas espécies de água e de sangue. Podemos dizer que o rio
de água viva é o rio do Espírito Santo que nos banha com suas bênçãos desde o
momento em que Jesus O entregou ao Pai para que fosse derramado sobre a
humanidade. Na medida em que caminhamos e mergulhamos neste rio,
coisas novas vão acontecendo na nossa vida. Chega a um ponto em que já não
podemos ficar somente imergindo, mas, teremos que nadar, isto é, sair de nós
mesmos para abandonarmo-nos continuamente à Sua ação. O homem, repleto do
Espírito, é como uma árvore plantada à margem das águas de um rio dará sempre
bons frutos. Os frutos, podemos considerar como as nossas ações, reações e
sentimentos que nos levam a ter uma vida transformada que leva saúde e paz por onde
passamos. As nossas atitudes concretas
de amor são frutos que jamais se
acabarão e servirão de alimento e as
nossas folhas serão remédio para todos os que necessitarem. – Você já se sente
envolvido (a) pelas águas do Espírito Santo que Jesus derramou na Cruz? – Os seus frutos já servem de alimento e
suas folhas, de remédio para alguém? – As suas ações são atitudes de quem está perto das águas ou plantada
no deserto seco?
Salmo 45 – “Conosco está o Senhor do universo! O nosso
refúgio é o Deus de Jacó!”
Nós somos a morada do Altíssimo.
Quem poderá nos abalar? O Senhor está no meio de nós, por isso pode a terra
estremecer e os montes desabarem nos mares, conosco está o Senhor do universo.
Ele é o nosso refúgio e vigor, portanto, contemplemos os Seus prodígios e a
obra que Ele faz em cada um de nós.
Evangelho – João 5,
1-16 – “Jesus nos tira da acomodação”
O Evangelho de hoje nos leva a
meditar sobre os diversos modos de acomodação que hoje nos fazem viver
instalados na mesmice da nossa vida, das nossas enfermidades por conta dos
traumas que há tanto tempo nos prendem na “cama”. A cama, significa o estado de
inércia que nos paralisa em nós mesmos, nos acomoda e nos impede de sair em
busca de tudo quanto Deus tem preparado para o nosso bem estar físico e espiritual. Em outras palavras são as atitudes
paralisantes, ou melhor, dizendo, as omissões e fugas dos desafios que nos
levam a esperar pelos outros, mesmo que o imprescindível para nós esteja bem
perto, ao nosso alcance. O homem do
Evangelho de hoje, esperava por ajuda há trinta e oito anos e continuava na
mesma. Jesus veio sacudi-lo e questionar a sua inércia. Na maior parte do tempo
nós também vivemos “deitados (as)” nos nossos problemas e dificuldades,
acomodados (as) e imóveis, somente vendo as coisas “boas” acontecerem com as
outras pessoas. A água está bem pertinho de nós, no entanto, não saímos de nós
mesmos (as) nem mesmo para pedir a ajuda de alguém que nos possa levar até onde
ela está e ficamos esperando que venham ao nosso encontro. Na nossa concepção
humana e imperfeita há sempre “um culpado” pela nossa “desventura”! Jesus,
hoje, também nos questiona: “Queres
ficar curado?” Às vezes, nem sabemos o que queremos e também nos
maldizemos: “Não tenho ninguém que me
leve”! Esta desculpa faz parte do nosso rosário de lamentações quando
ficamos esperando o socorro de alguém que nunca chega. Jesus se aproxima de nós
como fez com o paralítico, e nos ordena: “Levanta-te, pega na tua cama e
anda!” Pegar na cama é fazer a nossa parte, não ficar parado, somente
esperando e pondo a culpa nos outros. Nós murmuramos, criticamos os outros e nos
maldizemos e nem notamos a chegado do anjo que nos alerta e quer mexer na água
que está dentro do nosso coração, por isso, continuamos na mesmice. Também,
quase não percebemos a hora da graça quando Jesus se aproxima de nós e nos
incentiva a dar o passo decisivo. É o próprio Jesus quem se achega a nós nos
momentos de oração e adoração e nos leva até à piscina do Espírito Santo para
nos lavar e purificar. Ao homem que ficou curado Jesus recomendou: “Não
voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior” O pecado é o que nos
paralisa e nos deixa presos a nós mesmos (as). Precisamos, pois, dar o passo
para pedir e acolher o perdão de Deus com verdadeiro arrependimento e bons
propósitos. – Há
quanto tempo você está parado (a) perto da piscina da graça do Espírito Santo?
– Por quem você está esperando para aproximar-se do banquete que Jesus quer
oferecer-lhe? – Por que você não se levanta pega a sua cama (sua vida) e segue
a Jesus? – Você se sente como um cego,
um coxo ou um paralítico?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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