A 46ª Assembléia Geral dos Bispos do Brasil iniciou o segundo dia de atividades na manhã desta quinta-feira, 3, com celebração da eucaristia presidida pelo arcebispo de Aparecida (SP), dom Raymundo Damasceno Assis em homenagem aos 11 bispos falecidos desde a última assembléia.
Em sua homilia dom Damasceno destacou a figura do ex-presidente da CNBB, cardeal Aloísio Lorscheider, que morreu em 23 de dezembro de 2007 e foi presidente da CNBB por dois mandatos, secretário geral e ocupou a Presidência do Conselho Episcopal da América Latina (CELAM). “Dom Aloísio exerceu importantes cargos na Igreja e os desempenhou com grande diligência e competência, além de sempre defender o papel social da Igreja”, disse dom Damasceno.
Citando o papa João XXIII, o arcebispo disse que “é bom ser importante, mas é muito mais importante ser bom”, referindo-se a dom Aloísio, que foi um destaque, por “sua modéstia e imensa bondade”.
Sessão Especial
Ainda na assembléia, no dia 7 de abril à noite, dom Aloísio será homenageado numa sessão especial.
Para o vice-presidente da CNBB e arcebispo de Manaus (AM), dom Luiz Soares Vieira, “dom Aloísio foi um homem extremamente competente e superdotado. Quando ele falava na assembléia geral dos bispos, todos se curvavam e até mesmo aqueles que não eram de acordo com as idéias dele o respeitavam”, lembrou o bispo com voz serena e firme.
Já o arcebispo de Porto Velho (RO), dom Moacyr Grechi, disse que dom Aloísio “foi um exemplo de santidade, governo, cultura e um destaque entre os santos mais dignos da Igreja Católica. Para ele a CNBB deve muito a dom Lorscheider que foi um ideal de presidente de conferência, e lembrá-lo na missa de hoje, é o mínimo que a CNBB pode fazer”.
Em relação às palavras de dom Damasceno sobre a maior importância de ser bom como pessoa do que ocupar cargos importantes, dom Moacyr disse que o cardeal Lorscheider foi a síntese dos dois, além de ser um homem extremamente bom.
CNBB
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