A Cáritas Brasileira divulgou esta semana que 115 projetos relacionados à Campanha da Fraternidade de 2007, Fraternidade e Amazônia, receberam o apoio do Fundo Nacional de Solidariedade. Os projetos atendem 23 468 famílias por meio de iniciativas de combate à exploração sexual infanto-juvenil, atividades educativas para os povos indígenas, migrantes, quilombolas, agricultores, pescadores e populações ribeirinhas; ações com mulheres indígenas, camponesas e quebradeiras de coco na área de saúde, economia solidária e geração de renda. Conforme a assessoria de comunicação da Cáritas, também foram beneficiados projetos populares de plantio ou reflorestamento da Amazônia, bem como iniciativas de pequena industrialização.
O Fundo Nacional de Solidariedade resulta da coleta da CF realizada no Domingo de Ramos. Do total arrecadado na coleta, 40% destinam-se ao FNS; 60% para dioceses e comunidades locais e para os Fundos Diocesanos de Solidariedade.
Conforme dados da Cáritas, até o final do ano passado foram arrecadados R$ 3.699.095,35. Contam-se também as contribuições das dioceses, doações individuais e rendimentos bancários. Deste total, R$ 2.597.433,71 foram destinados aos 115 projetos, restando R$ 1.101.661,64. Este saldo poderá ser aplicado em novos projetos voltados para a questão da Amazônia, que serão avaliados pelo Conselho Gestor, responsável pela destinação, supervisão, administração e aplicação dos recursos.
Para enviar projetos ao FNS, as organizações devem fazer parte da chamada Amazônia Legal, constituída pelos Estados: Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão, Rondônia, Acre, Mato Grosso e Goiás. Outras organizações e grupos que não estão na região referida também podem apresentar projetos, desde que voltados para a Amazônia.
Atualmente, o Conselho Gestor é constituído pelo secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa; pelo bispo auxiliar de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, dom Pedro Luiz Stringhini; pelo secretário executivo da Campanha da Fraternidade, padre José Adalberto Vanzella; pela diretora executiva da Cáritas, Maria Cristina dos Anjos; pelo assessor do Conselho Econômico da CNBB, Francisco Julho; pelo secretário executivo da Comissão Episcopal para o Mutirão de Superação da Miséria e da Fome, padre Nelito Dornelas; pela assessora das Pastorais Sociais, irmã Delci Franzen e pela representante dos secretário executivos regionais da CNBB, Orlanda Rodrigues Alves.
O FNS foi criado em 1999, com o objetivo de fortalecer a coleta da CF e implantar uma prática de ação de solidariedade por meio de apoio a projetos de enfrentamento à pobreza e de promoção e organização dos excluídos. O FNS é administrado pela Cáritas Brasileira e está sob a responsabilidade da CNBB.
CNBB
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