quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

OLHAR DO DISCÍPULO É SAÍDA PARA CRISE VIVIDA HOJE, DIZ ARCEBISPO

O olhar do discípulo fixo no seu Senhor e pautado, portanto, por princípios é uma saída para a crise vivida hoje, afirma o arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo.Segundo ele, hoje se vive um tempo de perda de princípios: "A perda de princípios que devem se configurar como critérios e parâmetros de leitura da realidade, avaliação de situações e emissão de juízos é um comprometimento gravíssimo"."Um comprometimento gravíssimo porque o parâmetro de juízo se torna subjetivista ou do interesse de grupos, levando à mesquinhez e ao perigo destruidor da relativização que permite o caminho curto, de modo a atender o que é cômodo, fácil, vantajoso", afirma.Por isso, explica o arcebispo, "é comum que os critérios sejam definidos de acordo com compreensões muito parciais e ancorados equívocos, antropológicos, éticos e culturais, nos entendimentos básicos".De acordo com Dom Walmor de Azevedo, esta abordagem toca raízes da crise contemporânea."Pergunta-se a respeito destes princípios e os critérios deles decorrentes. Aí se pode fazer a detecção da raiz deste caos ético terrível que a sociedade contemporânea está enfrentando. Isto é muito grave porque atinge as instituições e seus funcionamentos", aponta.Como saída para essa problemática, o arcebispo propõe o olhar do discípulo. "O critério do olhar do discípulo fixo no seu Senhor é uma questão de princípios. Por ser uma questão de princípios é determinante para esta compreensão e condução da vida", destaca.Dom Walmor recorda que o Documento de Aparecida ensina que o discípulo de Cristo tem uma peculiaridade no seu olhar sobre a realidade."Esta peculiaridade é uma referência ética que está acima e é anterior ao simples desejo ou ao natural direito de liberdade do discípulo".Segundo o arcebispo, esta referência ética "é uma pessoa, Jesus Cristo, e se configura como a fonte inesgotável de princípios que balizam e pautam, em parâmetros e critérios, a vida dos seus discípulos e discípulas".Dom Walmor considera que "o discernimento dos sinais dos tempos, indispensável para a compreensão dos rumos da sociedade, não se faz fora deste parâmetro"."A tarefa de elaboração permanente e manutenção deste discernimento é uma tarefa hercúlea e exigente". O olhar do discípulo, explica o arcebispo, "com sua dinâmica peculiar, o que vale a pena conhecer, na consideração da complexidade da realidade, é uma saída para a crise vivida hoje".
Zenit

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