sexta-feira, 21 de setembro de 2007

SANTO DIA - SÃO MATEUS

Mateus é na verdade aquele conhecedor da Escritura que compreendeu tudo o que diz respeito ao Reino de Deus, e “é como o proprietário que tira do seu tesouro coisas novas e velhas” (Mt 13,52). Era homem de certa cultura, arrecadador dos impostos (publicano) em Cafarnaum, de formação helenística, parece ter adaptado à índole do grego o seu nome, Levi, de origem hebraica (Mc 2,14; Lc 5,27). É de capital importância a tarefa executada por este discípulo de Jesus na transmissão do Evangelho. Após a ressurreição foram recolhidos alguns episódios da vida do Senhor, e organizados “discursos” (coletânea de ditos do Senhor) em torno de algumas palavras-chave. Tais elementos do “alegre anúncio” de Cristo podiam servir aos primeiros cristãos, como “complemento” das Leituras do Antigo Testamento que ainda ouviam nas sinagogas. Mateus, com base também nessas primeiras redações, escreveu em aramaico uma ampla síntese de “palavras” e “gestos” de Jesus, pondo em relevo sua “messianidade” e a posição dos cristãos, isto é, da Igreja, em face da lei e do culto da Antiga Aliança. O Evangelho de Mateus, tal qual o possuímos agora em grego, sofreu a influência dos escritos de Marcos e Lucas, conservando, porém, sua fisionomia específica. É o Evangelho do “Reino de Deus”, do “cumprimento” em Cristo da Antiga Aliança. É o Evangelho das Bem-aventuranças e do Sermão da Montanha, das parábolas do Reino e do juízo universal. É o Evangelho da “Igreja”, fundada sobre a rocha que é Pedro, e do seu mistério. A liturgia sempre o utilizou de modo particular. Nada sabemos, alem disso, de historicamente certo a respeito do apostolado de Mateus, nem das circunstâncias de sua morte ou martírio. (Missal Romano, da Paulus)

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