Origens
Memória dos santos André Dung Lac, presbítero e companheiros mártires. Numa
celebração comum, veneram-se os 117 missionários que sofreram o martírio no
Tonquim, Anam e Cochinchina, regiões da Ásia, do atual Vietnã. Entre eles, há
oito bispos, muitos presbíteros e um ingente número de fiéis de ambos os sexos
e de todas as condições e idades. Estes abraçaram seu desterro, os cárceres, os
tormentos, enfim, os mais cruéis suplícios, por recusarem calcar a cruz e
abjurar da fé cristã.
A
Chegada do Cristianismo no Vietnã
O cristianismo chegou ao Vietnã no início do século XVI, por obra do padre
Alexandre Rhodes, jesuíta francês, considerado “apóstolo da jovem Igreja
asiática”, ainda dividida em três regiões: Tonquim, Aname e Cochinchina. Em
1645, foi expulso do país. Desde então, ao longo dos séculos, a situação dos
cristãos tornou-se cada vez mais difícil, por causa das sucessivas ondas de
perseguições, que se alternavam com breves períodos de paz.
A vida do Santo André Dung-Lac
Santo
André Dung-Lac
Tran An Dung nasceu em Bac Ninh, em 1795, no seio de uma família tão pobre que,
para garantir a sobrevivência do filho, foi obrigada a confiá-lo aos cuidados
de um catequista católico. Por isso, foi educado na fé e batizado com o nome de
André. Este futuro mártir foi ordenado sacerdote. Em 1823, tornou-se
vice-pároco, em Dongchuan, onde ficou conhecido por seu estilo de vida simples,
assistência assídua aos pobres e sobriedade em tudo.
A
Primeira Prisão
Em 1833, após a celebração da Missa, Santo André Dung-Lac foi preso pela
primeira vez pelos guardas imperiais. Ao ser resgatado, mediante o pagamento de
uma alta soma de dinheiro, arrecadado pelos fiéis, decidiu mudar seu nome de
Dung para Lac, para chamar menos atenção. Assim, arriscou evangelizar as
populações das províncias mais perigosas de Hanói e Nam-Dihn.
O
Chamado para o Martírio
No final de 1839, André foi preso, pela terceira vez, junto com seu irmão
Pedro. Assim, começou a entender que era chamado para o martírio: o Senhor
queria que ele banhasse, com seu próprio sangue, aquela terra atormentada. Por
isso, pediu ao Bispo para não pagar por sua libertação.
Páscoa
Durante a sua transferência para a prisão de Hanói, muitos fiéis se reuniram e
choravam; mas ele encorajava a todos, recomendando que continuassem a viver
segundo os ensinamentos da Igreja. Na nova prisão, os dois irmãos sacerdotes
foram obrigados a retratar-se e pisar na cruz. Como resposta, ajoelharam-se e a
beijaram. Logo, para eles, a sentença não podia ser outra que a pena de morte:
ambos foram justiçados com a decapitação, em dia 21 de dezembro, na periferia
da cidade, no portão de Cau-Giay.
A Via de Santificação dos Mártires no Vietnã
Editais
contra os Cristãos
De 1645 a 1886, os editais contra os cristãos, no Vietnã, foram 53, causando a
morte de 113 mil fiéis. Diante da firmeza da sua fé, a monarquia vietnamita
determinou a sua dispersão e confisco dos bens.
Grupos
Beatificados
O primeiro grupo de 64 mártires foi
beatificado por Leão XIII, em 1900; depois, Pio X beatificou outros três
grupos, entre os quais alguns Dominicanos: dois em 1906 e o outro em 1909. Por
fim, Pio XII beatificou o quinto grupo em 1951. Com um Decreto, datado de 1986,
a Igreja reuniu todos estes grupos distintos em um único, composto de 117
mártires – entre sacerdotes, religiosos e leigos – que foram canonizados por
São João Paulo II, em 1990.
O
Líder do Grupo: André Dung- Lac
O líder deste grande grupo foi Santo André Dung-Lac, que, provavelmente, era o
mais conhecido. Entre os 117 mártires, 96 eram de nacionalidade vietnamita, 11
espanhóis da Ordem dos Pregadores e 10 franceses da Sociedade de Missões
Estrangeiras de Paris.
A Comemoração de hoje nos faz refletir sobre a
união em favor da fé
A
Data
Essa data demonstra a grande força da união comunitária em favor da fé. O
exemplo dos primeiros mártires estimulou os conseguintes a fazerem o mesmo
entregando suas vidas em oferta de oblação, em testemunho de fidelidade a Jesus
até a morte. Isso marca o trabalho catequético e a experiência religiosa desse
grupo que não se preocupou com aquilo que passa, mas preferiu abraçar as coisas
que não passam. Nota-se, então, até que ponto pode chegar uma comunidade de fé
reunida em torno amor a Jesus, ela é capaz do martírio.
Minha
oração
“ Nossos companheiros mártires, rogamos a vossa
fortaleza nos momentos mais intensos de tentação e apostasia da fé. Pedimos que
nos preparem nesta vida para as moradas eternas onde viveremos felizes para
sempre junto a Jesus. Amém.”
Santo
André Dung-Lac e companheiros mártires, rogai por nós!
Fonte:
Canção Nova Notícias
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