quinta-feira, 31 de outubro de 2024

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

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missão de acolher o amor do seu marido assim como a Igreja se submete ao

amor de Cristo. Com efeito, o marido zela pela sua mulher como se fosse o

seu próprio corpo, pois, está escrito: “Por isso o homem deixará seu pai e sua

mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne.” É um grande

mistério de amor e se todos o alcançassem, talvez a situação de agonia pela

qual passa o casamento atualmente, não existisse. O amor implica em

solicitude, fraternidade, amizade e respeito mútuo. A submissão é uma

entrega à missão do outro. A mulher é submissa ao amor do marido como a

Igreja é submissa ao Amor de Jesus Cristo que se entregou por ela. Se o

marido ama a sua mulher e ela é submissa a esse amor, com certeza, os dois

viverão o projeto que Deus tem para as famílias da terra. – Você compreende

bem a mensagem que São Paulo dá para o homem e a mulher? – O que você

acha de a mulher ser submissa ao amor do seu marido? – Será que os

casais, hoje, estão entendendo bem essa palavra? – Anuncie-a!

Salmo - 127 (128),1-2. 3. 4-5 (R. 1a)

R. Felizes todos que respeitam o Senhor!

1Feliz és tu se temes o Senhor*

e trilhas seus caminhos!

2Do trabalho de tuas mãos hás de viver,*

serás feliz, tudo irá bem!R.

3A tua esposa é uma videira bem fecunda*

no coração da tua casa;

os teus filhos são rebentos de oliveira*

ao redor de tua mesa.R.

4Será assim abençoado todo homem*

que teme o Senhor.

5O Senhor te abençoe de Sião,*

cada dia de tua vida.R.

Reflexão - Este salmo, muito cantado nas celebrações de matrimônio, retrata

o desejo de Deus para que o homem e a mulher sejam felizes e tenham uma

vida profícua e fecunda. Temer o Senhor significa estar atento a Sua Palavra e

aos Seus ensinamentos, estar acessível à Sua vontade no dia a dia da vida e

por isso, receber a bênção para o trabalho, para o lar e para filhos.


Evangelho – Lc 13, 18-21

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13,18-21

Naquele tempo: 18Jesus dizia: 'A que é semelhante o Reino de Deus, e com que

poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e

atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu

fazem ninhos nos seus ramos.' 20Jesus disse ainda: 'Com que poderei ainda comparar

o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três

porções de farinha, até que tudo fique fermentado.' Palavra da Salvação.


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Reflexão – O coração que está aberto e disponível é terreno fértil para que

o reino de Deus possa ocorrer.

Mais uma vez Jesus nos apresenta o reino de Deus comparando-o a uma

semente de mostarda que é atirada no jardim e cresce, se tornando uma

grande árvore, nos ramos da qual, as aves do céu fazem seus ninhos. Podemos

deduzir, então, que a semente é o amor de Deus que foi semeado no jardim

do nosso coração e que, na medida em que nos damos conta da sua existência

se vai tornando grandioso a ponto de extrapolar e espalhar-se como os galhos

de uma árvore que alimenta a todos os que dele são carentes. Em todos os

momentos da nossa vida há oportunidade para fazermos uma experiência com

o amor de Deus, principalmente, naquelas horas em que mais somos afligidos

pelas provações e tribulações. Nessas horas o terreno do nosso coração parece

ser regado pelo amor infinito de Deus que nos cumula de graças. A

manifestação do amor de Deus no nosso coração nos motiva a amar, perdoar,

compreender e acolher a todos os que estão necessitados. Para explicar o

desenvolvimento do reino de Deus Jesus também nos dá exemplo de um

fermento que, colocado junto à massa faz aumentá-la sem que se perceba

como isso pôde ser possível. O coração que está aberto e disponível é terreno

fértil para que o reino de Deus possa ocorrer. Para que isso seja possível, a

primeira coisa que precisamos fazer é tomar consciência de que esta semente

foi plantada no coração de todos e não somente de alguns privilegiados. Deus

não economiza o Seu amor! Ele é infinito e abundante, portanto, o amor de

Deus quando é amado, gera muito mais amor para se amar. – Você tem

consciência de que a semente do amor de Deus foi plantada em no seu

coração? – Você tem usufruído dessa bênção? – Você tem usado o amor de

Deus para também amar as pessoas da sua vida? – Você se sente amado

pelas pessoas com o amor que vem de Deus?

30 DE OUTUBRO DE 2024

4ª. FEIRA DA XXX SEMANA

DO TEMPO COMUM


Cor Verde


1ª. Leitura – Ef 6, 1-9

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 6,1-9

1Filhos, obedecei aos vossos pais, no Senhor, pois isto é que é justo. 2'Honra teu pai

e tua mãe' - é o primeiro mandamento -

que vem acompanhado de uma promessa: 3'a fim de que tenhas felicidade e longa

vida sobre a terra'. 4Vós, pais, não revolteis os vossos filhos contra vós, mas, para

educá-los, recorrei à disciplina e aos conselhos que vêm do Senhor. 5Escravos,

obedecei aos vossos senhores deste mundo com respeito e tremor, de coração

sincero, como a Cristo, 6não para servir aos olhos, como quem busca agradar aos

homens, mas como escravos de Cristo,

que se apressam em fazer a vontade de Deus. 7Servi de boa vontade, como se

estivésseis servindo ao Senhor, e não a homens.


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8Vós o sabeis: o bem que cada um tiver feito, seja ele escravo ou livre, ele tornará a

recebê-lo do Senhor. 9E vós, senhores, fazei o mesmo para com os escravos. Deixai

de lado a ameaça; vós sabeis que o Senhor deles e vosso está nos céus e diante dele

não há acepção de pessoas. Palavra do Senhor.

Reflexão – Incentivo para viver a justiça aqui na terra.

Falando aos filhos e pais, aos escravos e senhores São Paulo lhes dirige uma

palavra de incentivo para que vivam a justiça aqui na terra. Em qualquer

estado ou situação da nossa vida, quer sejamos, filhos, pais, senhores ou

escravos, sempre teremos direitos e deveres que sugerem amor, respeito,

obediência, serviço, solidariedade, boa vontade. A concretização dessas

ações, porém, não deve acontecer para agradar aos homens, mas com a

finalidade de agradar a Deus. “Servi de boa vontade, como se estivésseis

servindo ao Senhor e não a homens”, nos diz São Paulo. Aos filhos, ele

recomenda honrar pai e mãe a fim de que tenham vida longa, que significa ter

qualidade de vida e felicidade; aos pais ele recomenda a disciplina e o

conselho com o cuidado para não revoltarem os seus filhos. Aos escravos,

obediência e serviço por amor a Cristo e para a edificação do reino. Aos

senhores São Paulo prega a mansidão e a afabilidade, sem fazer distinção de

pessoas. E para todos nós, hoje, São Paulo também lembra: “o bem que cada

um tiver feito, seja ele escravo ou livre, ele tornará a recebê-lo do Senhor”.

Portanto, mãos à obra, porque no nosso dia a dia nós vivemos quase todas

essas situações a que São Paulo se refere. – Em qual situação você se coloca

hoje: como pai ou mãe, como filho, como empregado ou como

empregador? – Você tem agido conforme os conselhos de Paulo? – Você tem

feito o bem em Nome do Senhor? – Você tem servido ao reino de Deus

através do serviço ao irmão?

Salmo - 144 (145),10-11. 12-13ab. 13cd-14 (R. 13c)

R. O Senhor cumpre sempre suas promessas!

10Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, *

e os vossos santos com louvores vos bendigam!

11Narrem a glória e o esplendor do vosso reino *

e saibam proclamar vosso poder!R.

12Para espalhar vossos prodígios entre os homens *

e o fulgor de vosso reino esplendoroso.

13aO vosso reino é um reino para sempre, *

13bvosso poder, de geração em geração.R.

13cO Senhor é amor fiel em sua palavra, *

13dé santidade em toda obra que ele faz.

14Ele sustenta todo aquele que vacila *

e levanta todo aquele que tombou.R.

Reflexão - O salmista exalta o amor e a fidelidade do Senhor que se

expressam em todas as Suas palavras e promessas. Tudo o que vem de Deus é

perfeito e santo, por isso, Ele só quer o bem de todos os Seus filhos. Ele

sustenta todo aquele que vacila e levanta àqueles que caem. Reconhecer a


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bondade de Deus e por isso exaltá-Lo é para nós um exercício salutar porque

assim estaremos cumprindo o desejo da nossa alma que é o de louvar ao nosso

Deus, Criador e Senhor da nossa vida e de todas as coisas.


Evangelho – Lc 13, 22-30

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 13,22-30

Naquele tempo: 22Jesus atravessava cidades e povoados,

ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23Alguém lhe perguntou:

'Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?' Jesus respondeu: 24'Fazei todo

esforço possível

para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não

conseguirão. 25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado

de fora, começareis a bater, dizendo: `Senhor, abre-nos a porta!' Ele responderá:

`Não sei de onde sois.' 26Então começareis a dizer: `Nós comemos e bebemos diante

de ti, e tu ensinaste em nossas praças!' 27Ele, porém, responderá: `Não sei de onde

sois. Afastai-vos de mim

todos vós que praticais a injustiça!' 28Ali haverá choro e ranger de dentes, quando

virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós,

porém, sendo lançados fora.

29Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul,

e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30E assim há últimos que serão primeiros,

e primeiros que serão últimos.'

Palavra da Salvação.

Reflexão - A porta estreita nos leva a praticar a justiça, pois, requer uma

vida de renúncia de nós mesmos.

Jesus caminhava para Jerusalém e falava às multidões dando-lhes as

derradeiras recomendações, em vista de que lá, Ele coroaria a sua Missão de

Salvador da humanidade. Fizeram-Lhe, então, uma pergunta que traduz

justamente, o que também todos nós questionamos: "quem se salvará; são

poucos ou muitos os que se salvam; todos se salvarão? Sem responder àquela

pergunta, Jesus, porém, nos dá um direcionamento oportuno: "Fazei todo

esforço possível para entrar pela porta estreita... muitos tentarão entrar e

não conseguirão". A porta estreita, significa para nós a prática da justiça e do

direito e é a nossa adesão à salvação que Jesus veio nos dar. A porta estreita

implica também no nosso esforço em superar a nossa inclinação para uma vida

fácil, para fugir dos problemas e dos sacrifícios pessoais vivendo somente o

prazer, o possuir, o poder. Todas as vezes em que queremos conseguir as

coisas com muita facilidade, sem empenho próprio, adotando o modelo que o

mundo prega, precisamos nos questionar, porque isso é querer entrar na porta

larga da injustiça. Quando voltamos à atenção somente para nós e nos

esquecemos de que a justiça é o parâmetro que Deus definiu para chegarmos

ao céu, estamos entrando pela porta larga. Consequentemente, a porta

estreita é a justiça, que se traduz em humildade e serviço e na abstinência da

nossa vontade própria, do domínio da nossa carne e de uma entrega absoluta

ao Espírito Santo de Deus que nos conduz. A porta estreita nos leva a praticar

a justiça, pois, requer uma vida de renúncia de nós mesmos, à vivência do

amor, do perdão, da bondade, da partilha e da solidariedade. Mesmo que

tenhamos pregado em Nome de Jesus ou que estejamos servindo no Seu


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Santuário, mesmo que nos achemos servos e servas fiéis, se não praticarmos a

justiça, não teremos lugar à mesa do reino de Deus e poderemos estar

equivocados correndo o risco de não ser reconhecido pelo “dono da casa”. –

Como está a sua justiça? – Você tem procurado o caminho mais fácil, que

exige menos esforço ou tem sido fiel à Palavra e aos ensinamentos de

Jesus que nos mandam amar ao próximo como a nós mesmos (as)?


31 DE OUTUBRO DE 2024

5ª. FEIRA DA XXX SEMANA

DO TEMPO COMUM


Cor Verde


1ª. Leitura – Ef 6, 10-20

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 6,10-20

10Para terminar, irmãos, confortai-vos no Senhor, e no domínio de sua força,

11revesti-vos da armadura de Deus, para estardes em condições de enfrentar

as manobras do diabo. 12Pois não é a homens que enfrentamos, mas as

autoridades, os poderes, as dominações deste mundo de trevas, os espíritos

do mal que estão nos céus. 13Revesti, portanto, a armadura de Deus, a fim de

que no dia mau possais resistir e permanecer firmes em tudo. 14De pé,

portanto! Cingi os vossos rins com a verdade, revesti-vos com a couraça da

justiça 15e calçai os vossos pés com a prontidão em anunciar o Evangelho da

paz. 16Tomai o escudo da fé, o qual vos permitirá apagar todas as flechas

ardentes do Maligno. 17Tomai, enfim, o capacete da salvação e o gládio do

espírito, isto é, a Palavra de Deus. 18Com preces e súplicas de vária ordem,

orai em todas as circunstâncias, no Espírito, e vigiai com toda a perseverança,

intercedendo por todos os santos. 19Orai também por mim, para que a

palavra seja colocada em minha boca para anunciar corajosamente o mistério

do Evangelho, 20do qual sou embaixador acorrentado. Possa eu, como é

minha obrigação,

proclamá-lo com toda a ousadia. Palavra do Senhor.

Reflexão – Dentro de nós também há as armas que precisamos empunhar

para que sejamos vencedores.

Na maioria das vezes, estamos armados e exercitados para encarar as

situações que surgem nos nossos relacionamentos humanos e nos precavemos

contra as pessoas e os perigos, como nos assaltos e nas ameaças que sofremos

no dia a dia. Temos munição para enfrentar os enganadores, os que querem


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nos passar para trás e vivemos sempre de “orelha em pé” para não cairmos

nas situações em que possamos sair perdendo. Porém, poucos de nós temos

consciência do que fazer para lutar contra a principal ameaça que ronda o

nosso derredor. Nesta leitura, Paulo nos instrui a enfrentar a tentação a que

ele chama de dia mau, isto é, o impulso que nos motiva a saciar os nossos

desejos humanos e, consequentemente, cair nas manobras do diabo. Existe

uma força espiritual do mal que nos atinge e age em nós, de dentro para fora.

São “as manobras do diabo”, o inimigo de Deus que deseja a todo o custo nos

tirar do nosso desígnio de santidade. Há uma luta espiritual dentro de cada

um de nós, entre o que é de Deus e o que é da nossa carne. Porém, nunca

devemos nos entregar e desistir de perseguir o bem, porque dentro de nós

também há as armas que precisamos empunhar para que sejamos vencedores.

Para isso, nos foi concedido uma armadura do cristão, que tem como escudo a

Palavra de Deus que é a verdade e como espada, a Oração de Súplica ao

Espírito Santo que é a estaca da nossa fé. A couraça da justiça é a vivência do

Evangelho de Jesus Cristo no nosso dia a dia. Todas as pessoas que estão

firmadas na Palavra de Deus e têm o coração ligado aos ensinamentos do

Senhor, mesmo que sejam tentadas mais que as outras, têm, com certeza, o

antídoto que mata o veneno de satanás. Portanto, não tenhamos medo: com

preces e súplicas oremos em todas as circunstâncias, no Espírito, e vigiemos

com perseverança, confortados (as) no Senhor e no domínio da sua força. –

Você tem mais medo dos homens ou dos espíritos que nos fazem cair em

tentação? – Você tem usado a armadura do cristão? – Qual é a função que a

Bíblia tem tido na sua vida?

Salmo 143 (144), 1. 2. 9-10 (R. 1a)

R. Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

1Bendito seja o Senhor, meu rochedo,

que adestrou minhas mãos para a luta, *

e os meus dedos treinou para a guerra!R.

2Ele é meu amor, meu refúgio, *

libertador, fortaleza e abrigo;

É meu escudo: é nele que espero, *

ele submete as nações a meus pés.R.

9Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, *

nas dez cordas da harpa louvar-vos,

10a vós que dais a vitória aos reis *

e salvais vosso servo Davi.R.

Reflexão - É o próprio Senhor quem adestra as nossas mãos para a luta contra

as forças espirituais do mal. Não precisamos fazer esforço sobre humano, mas

apenas nos centralizar no louvor e na adoração ao nosso Deus. O louvor liberta

o nosso coração da angústia e fortalece o nosso espírito. O Senhor submete ao

Seu domínio todas as nações que tentam nos fazer mal. Por isso, o salmista O


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exalta, proclamando-O rochedo, fortaleza e abrigo. Assim também nós

podemos afirmar.


Evangelho – Lc 13, 31-35

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13,31-35

31Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: 'Tu deves

ir embora daqui, porque Herodes quer te matar.'

32Jesus disse: 'Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje

e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho.

33Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque

não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. 34Jerusalém,

Jerusalém! Tu que matas os profetas

e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus

filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas tu não

quiseste! 35Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis

mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: Bendito aquele que

vem em nome do Senhor.' Palavra da Salvação.

Reflexão – A Jerusalém celeste é também o nosso destino, é para lá que

caminhamos.

Jesus caminhava firmemente para o desfecho final e se confrontava com os

fariseus, que na sua ignorância, queriam amedrontá-Lo e, assim, preveniam-

no de que Herodes procurava matá-lo. No entanto, Jesus continuava firme no

Seu propósito de fazer a vontade do Pai e não estava preocupado com o que

Herodes poderia fazer com Ele. Afirmando que continuaria operando milagres

até que seus dias chegassem ao fim Ele caminhava para a morte e sabia muito

bem o que o esperava em Jerusalém, a cidade santa onde estava erguido o

templo e que seria o palco dos acontecimentos que O levariam à crucificação

e à morte e, depois de três dias, a ressurreição! Colocando isso na nossa vida

prática podemos tirar como mensagem o exemplo e determinação de Jesus

diante da missão a que Ele se propunha. Não temeu os homens, mas

permaneceu fiel ao Pai. Ele, como homem, tinha inteira liberdade para dar

justificativas de afastar-se de Jerusalém porque o rei queria mata-Lo. No

entanto, o Seu ideal de vida era justamente beber o cálice que Lhe estava

destinado e, por isso, permaneceu fiel aos Seus propósitos. Jesus chorou

diante das muralhas de Jerusalém lamentando a sua rebeldia e obstinação em

não aceitá-Lo como Salvador. Chorou por aqueles que não O acolheram e

previu para eles um tempo de abandono e dispersão. Nós podemos também

nos colocar no lugar de Jerusalém, isto é, do povo que não aceita a salvação

de Jesus e não aproveita o tempo em que é visitado. Muitas vezes rejeitamos

a Deus, não caminhamos segundo a Sua Palavra, não seguimos os Seus

ensinamentos e perdemos o precioso tempo que estamos vivendo aqui na

terra. Jesus também chora diante de nós e lamenta a nossa ignorância,

mesmo assim, torce e espera que nós, no devido tempo, possamos ainda dizer

de coração: “Bendito aquele que veio em nome do Senhor”. Todos aqueles

que não acolheram Jesus como Salvador como ainda é o caso dos judeus hoje,

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também vivem abandonados, sem templo, a espera daquele que ainda virá. A

Jerusalém celeste é também o nosso destino, é para lá que caminhamos.

Jesus Cristo abriu o caminho para nós, não precisaremos ser flagelados nem

crucificados pois, Ele mesmo já o foi por nós, entretanto, até lá, haveremos

de caminhar com coragem para atravessar os vales sombrios da nossa vida.

 – Você tem desistido de assumir a salvação em vista das dificuldades?

- Você tem coragem de enfrentar os seus inimigos como Jesus os enfrentou? 

– Você tem medo de se entregar pela causa do Evangelho?

 - Você é uma pessoa que caminha firme para a santidade mesmo sabendo que

dificuldades o esperam?

- Você foge da realidade quando percebe algum indício de sofrimento?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

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