Origens
e paganismo
Nasceu na Palestina, na cidade de Siquém, em uma família que não
conheceu Jesus. Justino nasceu nas trevas do paganismo.
Ele buscou a verdade com aquilo que tinha. Cursou as escolas
filosóficas de sua terra e dedicou-se ao estudo do pensamento de Platão. Para
aprofundar-se cada vez mais no sistema do grande sábio grego, retirou-se para
um ermo.
Conversa
sobre filosofia e desejo da verdade
Essa sede pela verdade pôs em sua vida um ancião que se aproximou para
falar sobre a filosofia, apresentando-lhe o ‘algo mais’ que faltava. Falou dos
profetas, da fé, da verdade, do mistério de Deus e apresentou-lhe Jesus Cristo.
Ele lhe disse: “Eleva tua alma em profunda oração ao céu, para que se abram as
portas do Santuário da verdade e da vida. As coisas que te falei são
incompreensíveis, a não ser que Jesus Cristo, filho de Deus, nos dê delas
compreensão”.
Defesa
dos cristãos
No ano de 130, foi batizado na cidade de Efeso, substituindo a filosofia
de Platão pela verdade de Cristo. Justino foi um defensor e propagador da fé
entre os pagãos. Certa vez, ele teve a oportunidade de admirar a virtude e a
constância dos cristãos durante uma guerra. Na época em que eram vistos de
maneira errônea e negativa, ele se levantou para defendê-los, dizendo: “Os cristãos vivem na carne, mas não segundo a
carne; perseguidos pelo mundo, amam a todos; neles são conhecidos os vícios,
que nos outros se descobrem; nos cristãos é perseguida a inocência, que não é
reconhecida; são martirizados até a morte, e a morte lhes dá a vida; pobres que
são, enriquecem a muitos outros; falta-lhes tudo, e possuem tudo em abundância;
são tratados com desprezo, e nisto se sentem honrados.”
Padre
da Igreja
Depois dos Padres Apostólicos – que teriam conhecido os apóstolos
ou que teriam tido contato com testemunhas diretas de seus ensinamentos -, São
Justino é o primeiro padre da Igreja cujas obras têm grande valor e apresentam
a doutrina e sua pureza, e conservam fontes puras da tradição apostólica.
Coerência
de vida
Justino se tornou um grande filósofo cristão, sacerdote, um homem que
buscou corresponder, diariamente, à sua fé. Estava em Roma quando passou a
travar discussões filosóficas, encaminhando-as para a visão do Evangelho.
Evangelizava entre os letrados de maneira muito culta. Era um missionário
filósofo, que, além de falar, escrevia. A Sagrada Tradição foi muito
testemunhada nos escritos deste santo.
Julgamento
e martírio
Por inveja e por não aceitar a verdade, São Justino foi denunciado e
julgado injustamente.
No tribunal, ao ser questionado se entraria no céu, ele respondeu: “Não só o creio – que entrarei no céu – sei-o e
disto tenho tanta certeza, que não me cabe a menor dúvida”.
E à ameaça de ser flagelado, disse: “Um homem de bem não abandona a fé para abraçar o
erro e a impiedade. Maior desejo não tenho senão de padecer por aquele que
entregou a vida por mim. Os sofrimentos enchem a nossa alma de confiança na
terrível justiça divina de Nosso Senhor Jesus Cristo, perante o qual, por ordem
de Deus, todo o mundo deverá comparecer. Faz o que tencionas a fazer; inútil é
insistir conosco para que prestemos homenagens aos deuses.”
Assim, após estas palavras, seguiu-se a sua flagelação e decapitação no
ano de 167.
A
minha oração
Meu Senhor Jesus Cristo, o encontro que tivestes com Justino deu-lhe
forças para que se deixasse conduzir pela verdade em toda a sua vida. Por isso,
eu Te peço a mesma graça: venha ao meu coração e faça com que ele escute a Tua
voz e por ela sempre siga. Ensina-me a ser uma defensora da minha fé, acima de
tudo, através de uma vivência coerente com o Teu Evangelho, à semelhança de São
Justino. E mais que tudo eu Te peço: jamais me deixes negar a Ti por medo de
perder a minha vida. Eu sei, Senhor, verdadeira vida é só em Ti! Assim seja!
São
Justino, rogai por nós!
Fonte:
Canção Nova Notícias
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