Por
ocasião do II Simpósio sobre a Doença de Hansen o Papa Francisco enviou uma
mensagem aos partecioantes recordando o recente 70º Dia Mundial contra a
Hanseníase. “Esta é uma ocasião propícia para renovar nosso compromisso de
construir uma sociedade inclusiva que não deixe ninguém para trás”, escreveu o
Papa
Jane Nogara - Vatican News
O Papa Francisco enviou uma mensagem aos
participantes do II Simpósio sobre a Doença de Hansen. Francisco recordou
que o Simpósio acontece apenas alguns dias após o 70º Dia Mundial contra a
Hanseníase, iniciado por Raul Follereau em 1953 para conscientizar sobre uma
doença que muitos acreditam estar extinta. Afirmando em
seguida, “o que deve nos preocupar, hoje mais do que nunca, é que não
só a doença pode ser esquecida, mas também as pessoas”. “Vocês são como o
Bom Samaritano que se debruça para curar os mais fracos e restituir-lhes seus
direitos negados e a dignidade”, escreveu Francisco elogiando o grupo do
Simpósio.
Violação dos direitos humanos
“A hanseníase, continuou o Pontífice, é uma das
doenças mais antigas da história humana. O que até mesmo a Bíblia nos diz não é
suficiente para nos recordar que o estigma ligado à hanseníase continua a
causar graves violações dos direitos humanos em várias partes do mundo”. Exortando
em seguida:
“Não podemos esquecer estes nossos irmãos
e irmãs. Não devemos ignorar esta doença, que infelizmente ainda afeta tantos,
especialmente em contextos sociais mais pobres”. Incentivando os
participantes do Simpósio, Francisco escreveu: “Pelo contrário, convencidos
da vocação da família humana à fraternidade, deixemo-nos interpelar e
questionar: "Será que vamos nos debruçar para tocar e curar das feridas
dos outros? Será que vamos nos abaixar para levar às costas o outro? Este é o
desafio atual, de que não devemos ter medo" (Fratelli tutti,
70).
Não deixar ninguém para trás
O Papa continuou afirmando que devemos aproveitar a
ocasião do Dia Mundial contra a Hanseníase para rever nossos modelos de
desenvolvimento e denunciar e procurar corrigir a discriminação que eles
causam. “Esta é uma ocasião propícia para renovar nosso compromisso de
construir uma sociedade inclusiva que não deixe ninguém para trás”. Recordando:
“Na verdade, a denúncia deve ser sempre acompanhada de uma proposta, como
síntese entre o bem que já existe silenciosamente e visões proféticas, capazes
de inspirar uma caridade estruturada e uma coexistência mais
justa”. “Nisto”, continuou, “a sua contribuição, o estímulo e a ajuda que
vocês dão às Igrejas locais é preciosa, para que elas possam estar ao lado dos
descartados e saber acompanhar ativamente os processos de inclusão e
desenvolvimento humano integral”.
Tratá-las plenamente como pessoas
“Devemos nos perguntar”, prosseguiu o Papa na sua
Mensagem aos Membros do Simpósio, “especificamente, como colaborar melhor com
as pessoas afetadas pela hanseníase, tratando-as plenamente como pessoas,
reconhecendo-as como os principais protagonistas em sua luta para participar
dos direitos humanos fundamentais e viver como membros plenos da comunidade”.
Por
fim Francisco concluiu expressando sua proximidade “com aqueles que sofrem
da doença de Hansen e os encorajo a continuar trabalhando para garantir que não
lhes falte apoio espiritual e assistência médica. As comunidades cristãs
deveriam se deixar evangelizar por esses irmãos e irmãs e estar na linha de
frente dos esforços para sua plena integração".
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-01/papa-francisco-mensagem-simposio-hanseniase.html
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