domingo, 23 de outubro de 2022

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

será bem acolhido e suas súplicas xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

23 DE OUTUBRO DE 2022

 

DOMINGO DA XXX SEMANA DO

 

TEMPO COMUM

 

Cor Verde

 

1ª Leitura - Eclo 35,15b-17.20-22a (gr. 12-14.16-18)

 

Leitura do Livro do Eclesiástico 35,15b-17.20-22a (gr. 12-14.16-18)
15bO Senhor é um juiz que não faz discriminação de pessoas. 16Ele não é parcial em

 

subirão até as nuvens.21A prece do humilde atravessa as nuvens: enquanto não chegar não terá repouso; e não descansará até que o Altíssimo intervenha, 22afaça justiça aos justos e execute o julgamento.
Palavra do Senhor.

 

Reflexão - O justo juiz jamais despreza aquele que suplica

O Autor do Livro do Eclesiástico é claro:   Deus não faz discriminação entre pessoas, seja ela, pobre ou rica, branca ou preta, feia ou bonita! Para Ele o que importa é um coração humilde e confiante na Sua justiça. A leitura se refere ao pobre, ao órfão e à viúva, como símbolo de alguém que é marginalizado e não tem ninguém ao seu lado. No entanto, podemos observar que mesmo aqueles que têm muitas posses podem agradar ao Senhor, quando reconhecendo a sua miséria espiritual, existencial ou outro qualquer tipo de dificuldade, se mantêm humildes e dependentes do Seu amparo. O justo juiz jamais despreza aquele que suplica e necessita do Seu amparo sentindo-se espiritualmente abandonado, mesmo que receba as benesses do mundo. Como justo juiz o Senhor não abonará o nosso orgulho, soberba, vaidade, autolatria, e julgará os nossos atos, pensamentos e sentimentos na medida adequada. No entanto, qualquer um de nós, desde que nos rendamos a Deus e O sirvamos como Ele quer, seremos bem acolhidos e as nossas súplicas serão atendidas. Precisamos, então, fazer uma avaliação das nossas atitudes e intenções, percebendo se nos consideramos melhores que o outro e pleiteamos privilégios e honras. O Senhor, justo juiz, há de nos julgar também por todas as nossas obras. - Você se sente superior a alguém? - De que maneira você se relaciona com uma pessoa simples que não tem grandes atrativos? - Você sabia que Deus é justo juiz e conhece todas as suas intenções e sentimentos? - Como você acha que será julgado (a) no final de tudo, em relação a isso? - Como você trata as pessoas humildes que trabalham na sua casa? Você se interessa por elas?
 

Salmo - Sl 33,2-3.17-18.19.23 (R.7a.23a)

 

R.O pobre clama a Deus e ele escuta: 
o Senhor liberta a vida dos seus servos. 


2Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,*
seu louvor estará sempre em minha boca.
3Minha alma se gloria no Senhor;*
que ouçam os humildes e se alegrem! R.

17mas ele volta a sua face contra os maus,*
para da terra apagar sua lembrança.
18Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta*
e de todas as angústias os liberta. R.

19Do coração atribulado ele está perto*
e conforta os de espírito abatido.
23Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,*
e castigado não será quem nele espera.R.

Reflexão - Você já teve a experiência de clamar a Deus em momentos de angústia e tribulação? O Senhor atende ao clamor do nosso coração em qualquer situação, porém o que mais agrada a nossa alma é o louvor que exercitarmos continuamente. O próprio salmo nos direciona: "Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. E depois, acrescenta: "Minha alma se gloria no Senhor." Portanto, sejamos fiéis ao que a nossa alma espera e louvemos o Senhor, de coração, na alegria ou na tristeza.

2ª Leitura - 2Tm 4,6-8.16-18

 

Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo 4,6-8.16-18Caríssimo: 6Quanto a mim, eu já estou para ser oferecido em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 8Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. 16Na minha primeira defesa, ninguém me assistiu; todos me abandonaram. Oxalá que não lhes seja levado em conta. 17Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão. 18O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém. Palavra do Senhor.

 

Reflexão – para nós também está reservada a coroa da justiça

Nos últimos momentos da sua vida, sabedor de que se aproximava a hora em que seria sacrificado e que partiria para junto de Deus, São Paulo dá um verdadeiro testemunho de confiança na justiça de Deus. Com convicção, ele já antevia e anunciava que receberia a coroa da justiça que lhe seria concedida em vista da sua entrega a Cristo. Não se subestimava nem tampouco usava de falsa humildade para declarar que havia sido fiel ao chamado que Jesus lhe fizera. Dependendo da nossa fidelidade e do nosso desejo sincero de servir ao Senhor, nós também podemos fazer uma reflexão sobre a nossa atuação para poder dizer como São Paulo: “combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé ” Assim sendo, tendo São Paulo como exemplo, todos nós precisamos também ter consciência do nosso valor diante de Deus quando servimos fielmente à causa que nos foi confiada. Para fazer esta reflexão, no entanto, não precisamos esperar a hora da nossa partida, mas, ao término de cada dia parar e avaliar qual a esperança que cultivamos por causa da nossa perseverança e fidelidade a Deus. Cada um de nós tem uma história e um chamado para edificar o reino de Deus. Ninguém substitui a outrem nem pode ocupar o lugar que o Senhor lhe reservou. O Senhor também já nos reservou a coroa da justiça, cabe a cada um de nós cultivar no coração o desejo de conquistá-la a cada dia, na medida da nossa vivência, dando passos firmes e coerentes com a vontade de Deus. – Você tem confiança de que já pode receber a coroa da justiça que lhe foi reservada pelo justo juiz? – Você tem combatido o bom combate? – Você tem guardado a fé e a confiança em Deus? – Em que você acha que pode melhorar? 

 

Evangelho - Lc 18,9-14

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18,9-14

Naquele tempo: 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros:
10'Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: 'Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda'. 13O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu;
mas batia no peito, dizendo: `Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!' 14Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado,
e quem se humilha será elevado.' Palavra da Salvação.


Reflexão - Mesmo que não digamos nada o Senhor conhece tudo

A nossa competência para as coisas espirituais é restrita, e, por nós mesmos, nunca seremos justificados (as). A verdade brilha como o sol do meio-dia: "quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado". Neste Evangelho, ao contar a parábola do fariseu e do cobrador de impostos Jesus nos dá a noção exata do que seja uma pessoa humilde. Humildade é o reconhecimento da nossa limitação e a medida da nossa capacidade.  O fariseu que abriu a boca diante do altar do templo do Senhor, se justificou, entendendo que todas as suas boas obras eram méritos seus e, apontando para o cobrador de impostos desprezava-o e se autoelogiava. A sua oração de autopromoção não agradou a Deus e ele voltou para casa sem ter sido justificado. Somos justificados diante do Pai por Jesus, que pagou os nossos pecados! O cobrador de impostos, porém, deu o exemplo de humildade quando reconheceu o seu pecado, e, não se achando digno de mesmo olhar para o Senhor clamou por misericórdia: "Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!" Esta oração agradou a Deus e ele voltou para casa justificado, como disse Jesus. O que nós poderemos apreender dessa mensagem? Não são as nossas palavras bonitas, nem as orações longas que agradam ao Senhor. O nosso espírito contrito, humilhado por causa das nossas transgressões e o reconhecimento da nossa miséria é que nos farão alcançar a misericórdia de Deus. Às vezes nem precisamos falar alguma coisa, porém, o nosso pensamento sugere o que se passa no nosso coração e o Senhor que nos sonda sabe se estamos nos elevando ou nos humilhando. Mesmo que não digamos nada, o Senhor conhece tudo. Portanto, não nos adiantará fugir ou camuflar.  

- E você? Tem voltado para a casa justificado (a), ou não?

- Como tem sido feito o exame da sua consciência diante do Senhor? 

- Você costuma se autoelogiar?

 - Você reconhece a medida da sua capacidade e da sua incapacidade?

-  Você costuma julgar alguém pela sua aparência?  


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária UM novo Caminho

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