Político,
estudioso, terciário dominicano e franciscano, construtor da paz, Giorgio La
Pira era um homem que olhava para o presente com a Bíblia sempre na mão.
Cidade do Vaticano
Quem foi Giorgio La Pira? Citado pelo
monge beneditino Bernardo Francesco Maria Gianni nas meditações dos Exercícios
espirituais para o Papa e a Cúria Romana, em andamento na cidade de Ariccia?
Político, estudioso, terciário
dominicano e franciscano, construtor da paz, Giorgio La Pira era um homem que
olhava para o presente com a Bíblia sempre na mão.
Por
duas vezes foi prefeito de Florença (Itália) e lutou a favor dos pobres, dos
trabalhadores e desfavorecidos.
Cultivou
sua vida espiritual
Estadista, parlamentar e diplomata,
sempre cultivou sua vida espiritual. Considerava a política um compromisso de
humanidade e santidade. Desejava a paz no mundo. Por isso, passou a se
encontrar com chefes de estado e a participar de conferências e encontros
internacionais. Convencido de que o Evangelho deveria inspirar a vida social, La
Pira soube conciliar uma visão histórica e teológica das coisas e, como
católico, acreditava num mundo sem fronteiras.
Giorgio La Pira nasceu, em Pozzallo
(Ragusa), em 9 de janeiro de 1904. Em 1926, para completar os estudos de
Jurisprudência, transferiu-se para Florença que tornou-se o centro de suas
várias atividades de professor universitário, leigo comprometido com a Igreja,
terciário dominicano e franciscano, político, prefeito e agente de paz no
mundo.
A
caridade para com os pobres
Orientado aos valores católicos, em
seu caminho de fé, La Pira dedicou muitas horas à oração. Depois, iniciou sua
carreira como professor universitário e mostrou ser um válido professor e
educador dos jovens. Não negligenciou o interesse pelos textos teológicos,
dentre os quais a Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino.
Em 1928, ingressou no Instituto
Secular da Realeza de Cristo, fundado pelo Padre Agostino Gemelli, inserido na
Universidade Católica e vinculado à espiritualidade franciscana.
La Pira viveu seus dias entre oração
e estudo pela manhã e dedicava o resto do tempo aos jovens com encontros de
formação, organização da Ação Católica e caridade para com os pobres.
Participou de várias Conferências de
São Vicente: de estudantes, profissionais e artistas. Em 1934, fundou para os
indigentes e necessitados, a Obra do Pão de São Próculo que se reunia todos os
domingos em torno do altar para a Eucaristia, pão para a alma e para o corpo.
Durante a II Guerra Mundial e depois
da guerra, a Obra foi um o ponto de referência para os despejados, judeus,
políticos procurados, desempregados e abandonados.
Em 1939, criou a revista “Principi”,
na qual tomou posição contra a ditadura, racismo e invasões nazistas da
Finlândia e Polônia.
Em 1940, o fascismo reprimiu a revista.
La Pira foi perseguido e, em 8 de setembro de 1943, deixou Florença e foi para
Fonterutoli perto de Siena e depois para Roma, retornando à cidade em agosto de
1944.
Papa
Francisco o declarou venerável
No período da Libertação, iniciou-se
a fase política de sua vida. Morreu em 5 de novembro de 1977. Foi sepultado no
cemitério de Rifredi (FI), conforme desejado por ele.
Em 9 de janeiro de 1986, o arcebispo
de Florença, Silvano Piovanelli, iniciou o processo de sua beatificação.
Em 5 de novembro de 2007, trinta anos
depois de sua morte, seus restos mortais foram trasladados para a basílica
florentina de São Marcos, ao lado do convento que tinha escolhido, pouco depois
de chegar a Florença, como sua moradia, partilhando como terciário dominicano,
a vida dos frades.
O Papa Francisco o declarou venerável
em 5 de julho de 2018.
Fonte: Vatican News
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