quarta-feira, 27 de março de 2019

COMISSÃO PARA O ECUMENISMO DA CNBB FAZ BALANÇO DOS ÚLTIMOS 4 ANOS




Comissão para o Ecumenismo da CNBB faz balanço dos últimos 4 anos
A Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aponta, a seguir, um balanço com destaque para os principais marcos de sua caminhada no último quadriênio.  Antes, contudo, é importante lembrar que a Comissão tem como missão de promover a unidade dos cristãos e o diálogo Inter-religioso no âmbito da Igreja Católica no Brasil, conforme as orientações do magistério e em atenção ao cenário religioso do país.
O bispo emérito de Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ), dom Francisco Biasin, presidente da Comissão, destaca a realização de formações como simpósios, conferências e cursos em nível nacional, regional e diocesano, com o objetivo de animar e motivar discípulos missionários envolvidos com a causa ecumênica e inter-religiosa. Segundo ele, estas formações  evidenciaram a transversalidade da dimensão dialogal em todas as cinco Urgências apontadas pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
A Comissão ainda destaca o crescente interesse das Igrejas particulares na realização da Semana de Oração pela Unidade Cristã e a rearticulação de algumas Comissões de Diálogo bilateral, especialmente a Comissão bilateral católico-luterana.
A realização da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2017, cujo tema “Biomas brasileiros e a defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15), é outro destaque apresentado pela Comissão. “Marco fundamental para o avanço da caminhada ecumênica no Brasil, em consonância com a Encíclica ‘Laudato Si’ do Papa Francisco”, disse.
Em agosto de 2017, foram comemorados os 70 anos do Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Apesar dos percalços, segundo o presidente da Comissão evidenciaram-se inúmeros motivos para agradecer a Deus pela existência do CMI e se renovou o empenho para que sua trajetória rumo à unidade seja mais fortalecida. “Sem sombra de dúvida, as atividades que mais se destacaram nesse quadriênio giraram em torno da Celebração comemorativa dos 500 anos da Reforma, nos anos 2016-2017”, apontou.
A comissão aponta que os estudos do documento “Do conflito à comunhão”, da Comissão bilateral católico-luterana, se espalharam em várias dioceses, regionais, institutos e faculdades. Também na 54ª Assembleia Geral da CNBB, realizada em 2016, foram apresentados, pelo pastor presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Nestor Freidrich, os conteúdos e desafios desse valioso documento.
Em setembro de 2017, em sintonia com o Ano Nacional Mariano celebrado pela Igreja Católica em ocasião dos 300 anos de Aparecida, a Comissão promoveu um Simpósio Mariológico intitulado: “Apresentação do Comentário de Martín Lutero sobre o Magnificat, na ótica católica e luterana”.
No mesmo período, coroando as várias iniciativas que recordaram os 500 anos da Reforma, inspirados no ato do papa Francisco e do presidente da Federação Luterana Mundial, bispo Munib A. Younan, em Lund, Suécia, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e a Igreja Católica Apostólica Romana, realizaram uma Celebração Ecumênica na Catedral Metropolitana de Porto Alegre (RS). “Foi um momento oportuno para recordar publicamente a caminhada que luteranos e católicos têm realizado a favor do diálogo ecumênico”, reforça.
E em junho de 2018, foram comemorados os 45 anos da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE), braço diaconal do ecumenismo, com seus pequenos projetos na garantia de direitos dos grupos e povos mais vulneráveis de nossa sociedade.
Nesse quadriênio, a Comissão viu crescer iniciativas de diálogo no campo pentecostal e neo-pentecostal que culminaram com o último simpósio intitulado “O Espírito e a Igreja: perspectivas de diálogo católico-pentecostal”, realizado de 1º a 3 de fevereiro de 2019.
Dom Biasin louva a Deus pela caminhada realizada, sem deixar de agradecer ao papa Francisco pelo grande incentivo que tem dado, em palavras e gestos proféticos, para manter viva a dimensão ecumênica e o diálogo inter-religioso em todo corpo eclesial, indispensáveis para a construção da paz.
Fonte: CNBB

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