terça-feira, 6 de novembro de 2018

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2019



Todos os anos, a Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta a Campanha da Fraternidade como caminho
de conversão quaresmal. Um caminho pessoal, comunitário e social que visibiliza
a salvação paterna de Deus. Fraternidade
e Políticas Públicas
 é o tema da Campanha da Quaresma de 2019. O profeta
Isaías inspira o lema “Serás libertado
pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27).
 O Texto-Base este ano (um livro de
123 páginas) apresenta o objetivo geral e sete objetivos específicos. O
Objetivo Geral da Campanha deste ano de 2019 é: “Estimular a participação em
Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja
para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”.
Os
objetivos específicos são: 
“(i) Conhecer como são formuladas e aplicadas as Políticas Públicas
estabelecidas pelo Estado Brasileiro; 
(ii) Exigir ética na formulação e na concretização das Políticas Públicas; 
(iii) Despertar a consciência e incentivar a participação de todo cidadão na
construção de Políticas Públicas em âmbito nacional, estadual e municipal; 
(iv) Propor Políticas Públicas que assegurem os direitos sociais aos mais
frágeis e vulneráveis; 
(v) Trabalhar para que as Políticas Públicas eficazes de governo se consolidem
como políticas de Estado; 
(vi) Promover a formação política dos membros de nossa Igreja, especialmente
dos jovens, em vista do exercício da cidadania; 
(vii) Suscitar cristãos católicos comprometidos na política como testemunho
concreto da fé”.
O Texto-Base define Políticas
Públicas como “ações e programas que são desenvolvidos pelo estado para
garantir e colocar em prática, direitos que são previstos na Constituição
Federal e em outras leis”. Como sempre a Campanha da Fraternidade usa a
metodologia “Ver, Julgar e Agir” depois tirando algumas conclusões. Na parte da
metodologia titulada “Ver”, o Texto-Base, entre outras coisas afirma que: “A
Constituição de 1988 possibilitou a participação direta da sociedade na
elaboração e implementação de  Políticas
Públicas através dos conselhos deliberativos, que foram propostos por leis
complementares em quatro áreas: Criança e Adolescente; b) Saúde; c) Assistência
Social e d) Educação.
O
“Julgar” é subdividido em três partes: 
a) Referências no Antigo Testamento; 
b) Referências no Novo Testamento; e 
c) A contribuição da Doutrina Social da Igreja para Políticas Públicas
hoje.  A parte tratada no “Agir” é muito
rica.
Trata-se da superação da dualidade no
campo da fé e da política. Explica como deve ser a participação da sociedade e
os valores fundamentais em Políticas Públicas. 
Neste setor há um capítulo titulado “Educar para o humanismo solidário”.
A Campanha recorda aqui a Carta Encíclica “Populorum
Progressio” 
do papa São Paulo VI e uma famosa frase “ninguém pode, a priori, sentir-se seguro em um mundo
em que há sofrimento e miséria”. Neste setor, trata-se das palavras do papa
Francisco que propôs a toda Igreja a Jornada Mundial do Pobre para que as
comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, cada vez mais um sinal concreto
do amor de Cristo pelos últimos e os mais pobres.
A Jornada Mundial do Pobre (JMP-2019)
será em 17 de novembro, o 33º. Domingo do Tempo Comum. O desejo do Santo padre
é que, na semana anterior ao Dia Mundial dos Pobres, sejam realizadas ações
concretas envolvendo os pobres. Por exemplo: visitas e realizações de
atividades em orfanatos, asilos, presídios e hospitais; oração do terço com
intenções específicas às pessoas empobrecidas; reflexões sobre as questões
sociais relacionadas às desigualdades sociais etc.
O Texto-base termina indicando quem
são os sujeitos destinatários dessas ações; são pessoas em situação de rua,
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social; trabalhadores
sem-teto; mulheres e homens encarcerados; vítimas de violência; catadores (as)
de materiais recicláveis etc.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald – Redentorista

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