09/09/2016 - 6ª. Feira – XXIII semana do tempo comum
- 1 Coríntios 9, 16-19.22-27 – “em busca da coroa incorruptível”
“para não acontecer que, depois de ter proclamado a boa nova aos outros, eu mesmo seja reprovado.” São Paulo nos motiva a evangelizar, pois a necessidade de pregar o Evangelho está intrínseca em cada um de nós que fomos imersos (as) no sangue de Cristo pelo Batismo. Portanto, evangelizar é um imperativo da nossa alma, é uma condição para que sejamos plenos da graça de Deus. Sendo, portanto, uma coisa inerente ao nosso ser, nós temos que, naturalmente e graciosamente, nos colocar à disposição de Deus. A recompensa nos é dada de acordo com a nossa atuação. No entanto, como diz São Paulo, precisamos viver como pregamos e não podemos ficar somente nas palavras bonitas e nos conselhos edificantes. Somos chamados (as) até mesmo a ter que maltratar a nossa humanidade que dá preferência às coisas fáceis e prazerosas. Por isso, para salvar àqueles (as) que o Senhor nos confia precisamos nos inserir nas mais diversas situações. Ganharemos o prêmio na medida em que corrermos conforme a instruções do técnico. O prêmio é uma coroa incorruptível, isto é, uma realização pessoal que consiste na nossa
salvação e santificação. Não corremos nem lutamos à toa. Temos um objetivo, um norte, um ideal e, para alcançá-lo, é preciso até que tratemos duramente o nosso corpo. Como você tem evangelizado? – Qual é o seu objetivo quando prega aos outros a Palavra de Deus? – Você tem tentado contrariar a sua humanidade para vivenciar os valores evangélicos? – O que para você é mais difícil?
Salmo 83 – “Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!”
A nossa alma é semelhante a uma ave que voa em busca de um refúgio e de um lugar para pousar. O salmista nos ajuda a encontrar o nosso ninho na casa do Senhor e nos conscientiza que é aí que nós encontramos a alegria e o sossego para o nosso ser. O Senhor nunca nos recusa um lugar na Sua casa e todos nós podemos ser acolhidos no seu regaço e desfrutar das Suas bênçãos que são como o sol que nos aquece e o escudo que nos protege. Felizes seremos se, desde já, desejamos os altares do Senhor!
Evangelho Lucas 6, 39-42 – “a responsabilidade de ser guia”
A nenhum de nós cabe o papel de “mestre” e de “senhor” da situação, apenas ditando preceitos e normas para que os outros cumpram. É nosso dever, em primeiro lugar, examinar como estamos vivendo e qual o testemunho que estamos oferecendo ao mundo para que as outras pessoas sejam guiadas por nós. Para edificar o reino de Deus aqui na terra, em qualquer situação, precisamos nos conhecer e reconhecer as nossas potencialidades assim como também as nossas fraquezas e limitações. Para que possamos desempenhar eficazmente a nossa missão de evangelizadores, não nos basta conhecer a Palavra e sabe-la de cor, mas ter profundo autoconhecimento. Se, estamos cegos (as) e não reconhecemos as nossas próprias falhas; se, não buscamos emendar o que está torto em nós, nunca poderemos aconselhar, exortar ou admoestar alguém que também é passível de erro. Jesus nos chama a manter relacionamentos saudáveis a fim de atrair um povo santo para Ele, mas a trave nos nossos olhos nos impede de enxergar as nossas fraquezas e limitações nos levando a exigir dos outros aquilo que nem nós conseguimos. Por esta razão, tudo quanto desejarmos das pessoas com quem nos envolvemos deverá ser regra de vida para nós. Portanto, somos convidados (as) a nos ajudar mutuamente na caminhada que fazemos em busca da perfeição. Precisamos pedir ao Espírito Santo que purifique os nossos pensamentos, sentimentos e as nossas atitudes e tire a nossa cegueira. Do contrário, poderemos cair no barranco e levar muita gente conosco. Porque não fazemos isso, é que muitos se decepcionam conosco e têm a sua fé enfraquecida e se afastam do convívio da comunidade culpando a Deus pelas nossas incoerências. – Você é responsável na condução de alguém? – Como pessoa comprometida você tem conseguido ser um exemplo a ser seguido? – Ou você é daqueles que dizem “façam o que digo e não faça o que eu faço”? – Medite sobre isto!
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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