Será inaugurada a 29
de Julho em Macau uma exposição na qual serão expostas também reproduções de
mapas provenientes da Biblioteca Apostólica
Vaticana. A iniciativa insere-se no âmbito de «The 2nd
International Symposium: Global Mapping of Macau», que terá lugar a 29 e 30 de
Julho.
A primeira notícia sobre a existência de material chinês na Biblioteca
Apostólica Vaticana remonta a 1576-1577, quando Nicolas Audebert, viajante e
humanista francês de Orléans, copiou alguns documentos que lhe foram
mostrados no Vaticano, entre os quais um
Alphabetum idiomatis de China, como consta no seu diário de viagem, hoje na
British Library. Assim escreve o arcebispo
arquivista e bibliotecário da Santa Igreja Romana, Jean-Louis Brugues,
no prefácio do catálogo da exposição
acrescentando que no seu relatório, Audebert afirma que a Biblioteca
Apostólica Vaticana conservava também muitos outros livros chineses. Depois de
alguns anos, em 1581, ainda antes da chegada
de Mateus Ricci a Macau e do início da sua missão nos territórios do
império chinês, Michel de Montaigne, que
já na época era um famoso escritor, filósofo e político francês, visitou a
Biblioteca Apostólica Vaticana, onde, na qualidade de visitante ilustre, lhe
foram mostrados muitos documentos importantes de vários géneros. Como ele mesmo
escreveu no seu Journal de voyage, enquanto esteve na biblioteca, teve a possibilidade de
estudar um livro com «caracteres estranhíssimos», proveniente da China, e
escreveu «a respeito de um papel absorvente estranho e macio» que era usado
naqueles lugares remotos. Desde então, muitos outros documentos chineses
chegaram à Biblioteca Apostólica Vaticana ao longo dos séculos.
Fonte: L’Osservatore Romano
Nenhum comentário:
Postar um comentário