terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

CERCA DE 40 MIL PESSOAS NO RENASCER 2017


Pelos cálculos dos organizadores, o Renascer 2017, levou no período de Carnaval, cerca de 40 mil pessoas ao Ginásio Paulo Sarasate, no Centro de Fortaleza, nos três dias, para participarem de um Carnaval diferente, de uma festa que nunca termina. A programação está sendo encerrada neste momento,  com uma celebração eucarística, como aconteceu durante os três dias. No primeiro dia, domingo, a missa foi celebrada pelo padre Antônio Furtado, que rezou pelos enfermos. Ontem, segunda-feira, dia 27, quem presidiu a celebração foi dom Rosalvo, bispo auxiliar de Fortaleza.

O retiro de Carnaval (Renascer) começou com muito louvor, no último domingo, seguido de oração, adoração ao Santíssimo Sacramento, pregações e Missa, que aconteceu no encerramento de cada dia, e está acontecendo agora, com o Ginásio Paulo Sarasate com suas dependências completamente tomadas pelos fiéis católicos, que participam da celebração de encerramento do evento deste ano Além disso, pregadores como Moysés Azevedo, coordenador e fundador da Comunidade: Emmir Nogueira, cofundadora e Edson Filho deram palestra.

Camila Lopes, assessora de imprensa do Shalom ressaltou a solidariedade do Renascer, porque as pessoas que vieram participar do evento trouxeram alimento não perecível, que será distribuído nos albergues da Comunidade, promotora do Renascer.

Afora a arrecadação de alimentos não perecíveis, o Shalom firmou parceria com o Hemoce, que coletou sangue e pessoas se cadastraram para doarem medula óssea.

FRANCISCO: ESCOLHER DEUS, NÃO AS RIQUEZASS



Cidade do Vaticano (RV) – Seguir o Senhor que nos doa tudo, e não buscar as riquezas. Foi o que afirmou o Papa na missa matutina na Casa Santa Marta (28/02). Comentando o Evangelho do dia, o Papa ressaltou a “plenitude” que Deus nos doa: uma plenitude “aniquilada” que termina na Cruz.
 
“Não se pode servir a dois senhores”, ou servimos Deus ou as riquezas. Na vigília da Quarta-feira de Cinzas, Francisco falou que nesses dias antes da Quaresma a Igreja “nos faz refletir sobre a relação entre Deus e as riquezas”. E recorda o encontro entre o “jovem rico, que queria seguir o Senhor, mas no final era tão rico que escolheu as riquezas”.
O Papa observou que o comentário de Jesus assusta um pouco os discípulos: “Quanto é difícil que um rico entre no Reino dos Céus. É mais fácil que um camelo passe pelo buraco de uma agulha”. Hoje, prosseguiu, o Evangelho de Marcos nos mostra Pedro que pergunta ao Senhor o que será deles já que deixaram tudo para trás. É como se Pedro pedisse contas ao Senhor”:
“Não sabia o que dizer: ‘Sim, este foi embora, mas nós?’. A resposta de Jesus é clara: ‘Eu vos digo: não há ninguém que deixe tudo sem receber tudo’. ‘Pois bem, nós deixamos tudo’. ‘Receberão tudo’, com aquela medida transbordante com a qual Deus oferece os dons. ‘Receberão tudo. Quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho receberá cem vezes mais agora, durante esta vida - casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições - e, no mundo futuro, a vida eterna’. Tudo. O Senhor não sabe dar menos do que tudo. Quando Ele doa algo Ele doa a si mesmo, que é tudo”.
Todavia, acrescentou o Papa, “há uma palavra” neste trecho do Evangelho “que nos faz refletir: receber já agora neste tempo cem vezes mais em casas, irmãos, com perseguições”.
Francisco explicou que isto é “entrar” em “outro modo de pensar, em outro modo de agir. Jesus dá todo si mesmo, porque a plenitude, a plenitude de Deus é uma plenitude aniquilada na Cruz”:
“Este é o dom de Deus: a plenitude aniquilada. E este é o estilo do cristão: buscar a plenitude, receber a plenitude aniquilada e seguir este caminho. Não é fácil, isso não é fácil. E qual é o sinal, qual é o sinal deste ir avante em doar tudo e receber tudo? É o que ouvimos na primeira leitura: ‘Faze todas as tuas oferendas com semblante sereno, e com alegria consagra o teu dízimo. Dá a Deus segundo a doação que ele te fez, e com generosidade, conforme as tuas posses. Semblante sereno, alegria… O sinal que nós estamos neste caminho do tudo e nada, da plenitude aniquilada, é a alegria”.
Ao invés, o jovem rico, disse o Papa, “ficou com o semblante fechado e foi embora triste”. “Não foi capaz de receber, acolher esta plenitude aniquilada – advertiu – assim como os Santos, o próprio Pedro, a acolheram. E em meio às provações, às dificuldades, tinham o semblante sereno, o olhar alegre e a alegria do coração. Este é o sinal, evidenciou Francisco, que concluiu a homilia recordando o Santo chileno Alberto Hurtado:
“Ele trabalhava sempre, dificuldade atrás de dificuldade... trabalhava pelos pobres.... Foi realmente um homem que abriu caminhos em seu país… A caridade para a assistência aos pobres… Mas foi perseguido, muitos sofrimentos. Mas ele, quando justamente estava ali, aniquilado na cruz, a frase foi: ‘Contento, Señor, Contento’, ‘Feliz, Senhor, feliz’. Que ele nos ensine a caminhar nesta estrada, nos dê a graça de caminhar nesta estrada um pouco difícil do tudo e do nada, da plenitude aniquilada de Jesus Cristo e dizer sempre, sobretudo nas dificuldades: ‘Feliz, Senhor, feliz’”.(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano

PAPA CONCEDE ENTREVISTA A JORNAL DE RUA DA ITÁLIA






Cidade do Vaticano (RV) - A Rádio Vaticano publica a íntegra da entrevista concedida pelo Papa Francisco ao jornal “Scarp de’ tenis”, periódico italiano fundado em 1994 atualmente conhecido por ser uma “jornal de rua” sem fins lucrativos editado pela Cáritas italiana.
Os redatores são sem-teto e outras pessoas em dificuldades ou excluídas socialmente que encontram no jornal uma ocupação e uma complementação de renda.
Santo Padre, falamos do povo invisível, dos sem-teto. Algumas semanas atrás, com o início do inverno e com a chegada de uma grande frente fria, o senhor disse que era para que fossem abrigados no Vaticano, que se abrissem as portas da igrejas. Como foi recebido este seu apelo?
O apelo do Papa foi ouvido por muitas pessoas e muitas paróquias. Tantos escutaram. No Vaticano existem duas paróquias e cada uma delas abrigou uma família da síria. Muitas paróquias de Roma abriram as portas em acolhida, e sei que outras, sem lugares disponíveis, fizeram uma coleta para pagar o aluguel a pessoas e famílias necessitadas por um ano inteiro. O objetivo a ser alcançado deve ser aquele da integração, por isso é importante acompanhar-lhes por um período inicial. Em muitas regiões da Itália foi feito muito. Portas foram abertas em muitas escolas católicas, nos conventos, em tantas outras estruturas. Por isso digo que o apelo foi ouvido. Sei ainda de muitas pessoas que ofertaram dinheiro para que se possa pagar o aluguel aos sem-teto.
No passado o mundo inteiro falou sobre os sapatos do Papa, sapatos de trabalhador para caminhar e recentemente a mídia ficou surpresa, e contou sobre o Papa que foi até uma loja comprar novos sapatos. Porque tanta atenção? Talvez porque hoje seja difícil colocar-se – como convida Scarp de’ tenis – nos sapatos dos outros?
É muito difícil colocar-se “nos sapatos dos outros”, porque com frequencia somos escravos do nosso egoísmo. Em um primeiro nível, podemos dizer que as pessoas preferem pensar aos próprios problemas sem querer ver o sofrimento e as dificuldades dos outros. Depois, há um outro nível: colocar-se “nos sapatos dos outros” significa ter grande capacidade de compreensão, de entender o momento e as situações difíceis. Por exemplo: no momento de luto fazem-se as condolências, participa-se do velório ou da missa, mas são realmente poucos os que “se colocam nos sapatos” daquele viúvo ou daquela viúva ou daquele órfão. Certamente, não é fácil. Prova-se dor, mas tudo termina ali. Se pensamos então às existências que com frequencia são marcadas pela solidão, então colocar-se “nos sapatos dos outros” significa serviço, humildade, magnanimidade, que é também o sinal de uma necessidade. Eu preciso que além coloque-se “nos meus sapatos”. Porque todos nós precisamos de compreensão, de companhia e de alguns conselhos. Quantas vezes encontrei pessoas que, depois de ter procurado conforto em um cristão, seja esse leigo, um padre, uma freira, um bispo, me disse: “Sim, me ouviu mas não me entendeu”. Entender significa “colocar-se nos sapatos dos outros”. E não é fácil. Com frequência para suprimir essa falta de grandeza, de riqueza e de humanidade, perde-se nas palavras. Fala-se. Aconselha-se. Mas quando existem somente as palavras ou muitas palavras não há esta grandeza de “colocar-se nos sapatos dos outros”.
Santidade, quando o senhor encontra um sem-teto qual é a primeira coisa que lhe diz?
«Bom dia». «Como vai?». Algumas vezes trocamos poucas palavras, outras vezes se cria uma relação e se ouvem histórias interessantes: «Estudei num colégio onde havia um padre muito bom...». Alguém poderia dizer: O que me interessa? As pessoas que vivem pelas ruas entendem logo quando existe realmente um interesse da parte da outra pessoa ou quando existe, não um sentimento de compaixão, mas certamente de pena. Podemos olhar para um sem-teto como uma pessoa ou como se fosse um cachorro e eles percebem essa maneira diferente de olhá-los. No Vaticano, é famosa a história de um sem-teto, de origem polonesa, que geralmente ficava na Piazza del Risorgimento a Roma, não falava com ninguém, nem com os voluntários da Caritas que levavam para ele comida. Somente depois de muito temo conseguiram fazer com que ele contasse a sua história a eles: «Sou um sacerdote, conheço bem o seu Papa, estudamos juntos no seminário». O assunto chegou a São João Paulo II que ouvindo o nome confirmou ter estudado com ele no seminário e quis encontrá-lo. Eles se abraçaram depois de quarenta anos e no final de uma audiência o Papa pediu para ser confessado pelo sacerdote que tinha sido seu companheiro. «Agora, porém, cabe a você», disse-lhe o Papa. E o companheiro de seminário foi confessado pelo Papa. Graças ao gesto de um voluntário, de uma comida quente, algumas palavras de conforto e um olhar de bondade, essa pessoa pode se reerguer e começar uma vida normal que o levou a se tornar um capelão de um hospital. O Papa o ajudou. Certamente, este é um milagre, mas é também um exemplo para dizer que os sem-teto têm uma grande dignidade. No adro do Arcebispado de Buenos Aires, debaixo de uma marquise, morava uma família e um casal. Eu os encontrava todas as manhãs quando saia. Os saudava e conversava um pouco com eles. Nunca pensei em expulsá-los dali. Mas alguém me dizia: «Eles sujam a Cúria», mas a sujeira está dentro. Penso que é preciso falar com as pessoas com grande humildade, não como se tivessem que nos pagar uma dívida e não tratá-las como se fossem cães.
Muitos se perguntam se é justo dar esmola às pessoas que pedem ajuda nas ruas. O que o senhor responde?
 Existem muitos argumentos para se justificar quando não se dá esmola. «Mas como! Eu dou dinheiro e depois ele gasta para beber um copo de vinho?». Um copo de vinho é a única felicidade que ele tem na vida. Está bom assim. Pergunte-se o que você faz escondido? Qual felicidade você procura esconder? Ao contrário dele, você é mais sortudo, tem uma casa, uma esposa e filhos. O que leva você a dizer: «Cuidem vocês dele». Uma ajuda é sempre justa. Certo, não é uma coisa boa dar aos pobres somente uns trocados. É importante o gesto, ajudar quem pede e olhá-lo nos olhos, tocar suas mãos. Lançar o dinheiro e não olhar nos olhos, não é um gesto cristão. Como educar à esmola? Conto a história de uma senhora que conheci em Buenos Aires, mãe de cinco filhos (naquela época havia três). O pai estava no trabalho e ela e as crianças almoçando em casa. Sentem bater à porta. O maior vai abrir: «Mãe tem um homem que pede comida. O que fazemos?». Todos os três, a menor tinha quatro anos, estavam comendo um bife à milanesa. A mãe lhes disse: «Bem, cortamos a metade do bife». «Não mamãe, tem outro bife» disse a menina. «É para o papai, para hoje à noite. Se queremos doar, devemos dar a nossa parte». Com poucas palavras simples aprenderam que é preciso doar aquilo que a gente tanto quer. Duas semanas depois, a mesma senhora foi à cidade para resolver algumas questões e foi obrigada a deixar as crianças em casa. Tinham tarefa para fazer e deixou-lhes a merenda pronta. Quando voltou, encontrou os três na companhia do sem-teto à mesa que estava merendando. Aprenderam bem e rápido. Certamente, faltou-lhes um pouco de prudência. Educar para a caridade não é descarregar as próprias culpas, mas é tocar, olhar para uma miséria que tenho dentro e que o Senhor entende e salva, pois todos nós temos misérias dentro.
Outra pergunta dirigida a Francisco foi quando à acolhida aos migrantes: “Muitos se perguntam se realmente seja necessário acolher todos ou se não seja necessário impor limites.”
“Os que chegam à Europa escapam da guerra ou da fome”, disse o Papa. “E nós somos de alguma maneira culpados porque exploramos suas terras, mas não fazemos nenhum tipo de investimento para que eles possam ter benefícios. Têm o direito a emigrar e têm o direito a serem acolhidos e ajudados. Isso, porém, deve ser feito com aquela virtude cristã que é a virtude que deveria ser própria dos governantes, isto é, a prudência. Que significa? Significa acolher todos aqueles que ‘podem’ ser acolhidos. E isso no que diz respeito aos números. Mas também é importante uma reflexão sobre “como” acolher. Porque acolher significa integrar. Esta é a coisa mais difícil se os migrantes não se integram, são guetizados. Lembro-me sempre do episódio de Zaventem (o atentado ao aeroporto de Bruxelas de 22 de março de 2016, ndr); aqueles jovens eram belgas, filhos de migrantes, mas moravam num bairro que era um gueto. E que significa integrar? Também neste caso faço um exemplo: de Lesbos vieram comigo à Itália 13 pessoas. No segundo dia de permanência, graças à comunidade de Santo Egídio, as crianças já frequentavam a escola. Depois, em pouco tempo, encontraram onde alojar, os adultos se mexeram para frequentar cursos para aprender a língua italiana e para procurar um trabalho. Certamente para as crianças é mais fácil: vão à escola e em poucos meses já sabem falar o italiano melhor do que eu. Os homens buscaram um emprego e conseguiram. Integrar então significa entrar na vida do país, respeitar a lei do país, respeitar a cultura do país, mas também fazer respeitar a própria cultura e as próprias riquezas culturais. A integração é um trabalho muito difícil. No período da ditadura militar em Buenos Aires olhávamos para a Suécia como um exemplo positivo. Os suecos são hoje nove milhões, mas destes, 890 mil são novos suecos, isto é, migrantes ou filhos de migrantes integrados. A Ministra da Cultura, Alice Bah Kuhnke, é filha de uma mulher sueca e de um homem proveniente da Gâmbia. Este é um belo exemplo de integração. Certamente, agora na Suécia estão em dificuldade: eles têm muitos pedidos e estão tentando entender o que fazer porque não tem lugar para todo mundo. Receber, acolher, consolar e integrar imediatamente. O que falta é justamente a integração. Cada país, então, deve ver qual número é capaz de acolher. Não se pode acolher se não há possibilidade de integração."  
Na história de sua família há a travessia do Oceano por parte de seu avô e de sua avó, com seu pai. Como é crescer como filho de migrantes? Já se sentiu um pouco desarraigado?  
"Nunca me senti desarraigado. Na Argentina, somos todos migrantes. Por isso ali o diálogo inter-religioso é a norma. Na escola havia judeus que chegavam na maior parte da Rússia e muçulmanos sírios e libaneses, ou turcos com o passaporte do Império otomano. Havia muita fraternidade. No país, há um número limitado de indígenas, a maior parte da população é de origem italiana, espanhola, polonesa, médio-oriental, russa, alemã, croata, eslovena. Nos anos entre os dois séculos precedentes o fenômeno migratório foi de enorme alcance. Meu pai tinha 20 anos quando chegou à Argentina e trabalhava no Banco da Itália, e se casou ali."
O que mais sente falta de Buenos Aires? Dos amigos, das visitas às “Villa miséria”, o futebol?
"Há apenas uma coisa que me falta muito: a possibilidade de sair e caminhar pelas ruas. Eu gosto de visitar às paróquias e encontrar as pessoas. Eu não tenho nenhuma saudade em particular. Eu conto para vocês outra anedota: os meus avós e meu pai poderiam ter partido no final de 1928, eles tinham as passagens para o navio "Princesa Mafalda", o navio que afundou nas costas do Brasil. Mas eles não conseguiram vender em tempo o que possuíam e por isso mudaram a passagem e embarcaram no "Giulio Cesare", no dia 1º de fevereiro de 1929. Por isso, eu estou aqui".
Milão está pronta para receber o senhor no final do mês de março. Começamos pelas organizações de beneficência, associações de voluntários, daqueles que se preocupam em dar aos sem-teto um lugar onde passar a noite, alimentação, cuidados de saúde, oportunidades de se reerguerem. Em Milão, orgulhamo-nos de ser capazes de fazer isso e muito bem. É suficiente? Quais são as necessidades daqueles que acabaram nas ruas?
"Como também para os migrantes muito simplesmente essas pessoas precisam da mesma coisa: ou seja, integração. Certamente não é fácil integrar uma pessoa que não possui uma casa, porque cada uma delas tem uma história particular. Por isso, temos de nos aproximar de cada um delas, encontrar maneiras de ajudá-las e dar-lhes uma mão".
O senhor sempre diz que os pobres podem mudar o mundo. Mas é difícil existir solidariedade onde há pobreza e miséria, como nas periferias das cidades. O que o senhor acha?
"Também aqui trago a minha experiência de Buenos Aires. Nas favelas, há mais solidariedade do que nos bairros centrais. Nas villas miséria há muitos problemas, mas muitas vezes os pobres são mais solidários entre eles, porque sentem que eles precisam um do outro. Eu encontrei mais egoísmo em outros bairros, não quero dizer ricos, porque seria qualificar desqualificando, mas a solidariedade que vemos nos bairros pobres e nas favelas não se vê em outros lugares, embora a vida ali seja mais complicada e difícil. Nas favelas, por exemplo, a droga se vê mais, mas só porque em outros bairros é mais "escondida" e se usa com luvas brancas".
Recentemente, procuramos ler a cidade de Milão de uma forma diferente, a partir dos últimos e da rua, e com os olhos das pessoas que moram nas ruas, que frequentam um centro diurno da Caritas Ambrosiana. Com elas, publicamos um guia da cidade, vista a partir da rua, do ponto de vista de quem a vive todos os dias. Santo Padre o que o senhor conhece da nossa cidade e o que espera da sua iminente visita?
"Eu não conheço Milão. Estive lá apenas uma vez, por algumas horas, nos anos setenta. Eu tinha algumas horas livres antes de pegar um trem para Turim e eu aproveitei a oportunidade para uma breve visita à Catedral. Em outra ocasião, com a minha família, eu almocei, num domingo, na casa de uma prima que morava em Cassina de 'Pecchi. Milão não a conheço, mas eu tenho um grande desejo. Eu espero poder encontrar muita gente. Esta é a minha maior expectativa: sim, eu espero encontrar muita gente". (RB-MJ-BF-SP)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano

PAPA VISITARÁ DIOCESE DE CARPI, EM 2 DE ABRIL



Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco visitará, em 2 de abril próximo, a Diocese de Carpi, situada na região italiana de Emilia Romagna. A notícia foi divulgada, nesta terça-feira (28/02), pela Sala de Imprensa da Santa Sé. 
Num comunicado, o Bispo de Carpi, Dom Francesco Cavina, expressa sua alegria pela visita do Pontífice que “vem encontrar uma Igreja que está percorrendo um caminho significativo de fé e que vive um momento de esperança, depois das consequências do terremoto de 2012”, disse o prelado. 
“Toda a comunidade cristã e civil”, prossegue o bispo, depois da reabertura da catedral, em 25 de março próximo, “se unirá com carinho e afeto em torno do Santo Padre para ouvir suas palavras de incentivo a prosseguir, com fé e esperança, o caminho traçado para confirmar cada vez mais em Cristo também a Igreja em Carpi”. (MJ)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano

QUARTA-FEIRA DE CINZAS - INÍCIO DA QUARESMA




O significado das cinzas

O uso litúrgico das cinzas tem sua origem no Antigo Testamento. As cinzas simbolizam dor, morte e penitência. Por exemplo, no livro de Ester, Mardoqueu se veste de saco e se cobre de cinzas quando soube do decreto do Rei Asuer I (Xerxes, 485-464 antes de Cristo) da Pérsia que condenou à morte todos os judeus de seu império. (Est 4,1). Jó (cuja história foi escrita entre os anos VII e V antes de Cristo) mostrou seu arrependimento vestindo-se de saco e cobrindo-se de cinzas (Jó 42,6). Daniel (cerca de 550 antes de Cristo) ao profetizar a captura de Jerusalém pela Babilônia, escreveu: “Volvi-me para o Senhor Deus a fim de dirigir-lhe uma oração de súplica, jejuando e me impondo o cilício e a cinza” (Dn 9,3). No século V antes de Cristo, logo depois da pregação de Jonas, o povo de Nínive proclamou um jejum a todos e se vestiram de saco, inclusive o Rei, que além de tudo levantou-se de seu trono e sentou sobre cinzas (Jn 3,5-6). Estes exemplos retirados do Antigo Testamento demonstram a prática estabelecida de utilizar cinzas como símbolo (algo que todos compreendiam) de arrependimento.
O próprio Jesus fez referência ao uso das cinzas. A respeito daqueles povos que se recusavam a se arrepender de seus pecados, apesar de terem visto os milagres e escutado a Boa Nova, Nosso Senhor proferiu: “Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e as cinzas. (Mt 11,21) A Igreja, desde os primeiros tempos, continuou a prática do uso das cinzas com o mesmo simbolismo. Em seu livro “De Poenitentia” , Tertuliano (160-220 DC), prescreveu que um penitente deveria “viver sem alegria vestido com um tecido de saco rude e coberto de cinzas”. O famoso historiador dos primeiros anos da igreja, Eusébio (260-340 DC), relata em seu livro A História da Igreja, como um apóstata de nome Natalis se apresentou vestido de saco e coberto de cinzas diante do Papa Ceferino, para suplicar-lhe perdão. Sabe-se que num determinado momento existiu uma prática que consistia no sacerdote impor as cinzas em todos aqueles que deviam fazer penitência pública. As cinzas eram colocadas quando o penitente saía do Confessionário.
Já no período medieval, por volta do século VIII, àquelas pessoas que estavam para morrer eram deitadas no chão sobre um tecido de saco coberto de cinzas. O sacerdote benzia o moribundo com água benta dizendo-lhe: “Recorda-te que és pó e em pó te converterás”. Depois de aspergir o moribundo com a água benta, o sacerdote perguntava: “Estás de acordo com o tecido de saco e as cinzas como testemunho de tua penitência diante do Senhor no dia do Juízo?” O moribundo então respondia: “Sim, estou de acordo”. Se podem apreciar em todos esses exemplos que o simbolismo do tecido de saco e das
cinzas serviam para representar os sentimentos de aflição e arrependimento, bem como a intenção de se fazer penitência pelos pecados cometidos contra o Senhor e a Sua igreja.
Com o passar dos tempos o uso das cinzas foi adotado como sinal do início do tempo da Quaresma; o período de preparação de quarenta dias (excluindo-se os domingos) antes da Páscoa da Ressurreição. O ritual para a Quarta-feira de Cinzas já era parte do Sacramental Gregoriano. 
As primeiras edições deste sacramental datam do século VII. Na nossa liturgia atual da Quarta-feira de Cinzas, utilizamos cinzas feitas com os ramos de palmas distribuídos no ano anterior no Domingo de Ramos. O sacerdote abençoa as cinzas e as impõe na fronte de cada fiel traçando com essas o Sinal da Cruz. Logo em seguida diz: “Recorda-te que és pó e em pó te converterás” ou então “Arrepende-te e crede no Evangelho”.
Devemos nos preparar para o começo da Quaresma compreendendo o significado profundo das cinzas que recebemos. É um tempo para examinar nossas ações atuais e passadas e lamentarmo-nos profundamente por nossos pecados. Só assim poderemos voltar nossos corações genuinamente para Nosso Senhor, que sofreu, morreu e ressuscitou pela nossa salvação. 
Além do mais esse tempo nos serve para renovar nossas promessas batismais, quando morremos para a vida passada e começamos uma nova vida em Cristo.
Finalmente, conscientes que as coisas desse mundo são passageiras, procuremos viver de agora em diante com a firme esperança no futuro e a plenitude do Céu. ( Pe. Brendan Colleman Mc Donald)


BÊNÇÃO E IMPOSIÇÃO DAS CINZAS NO INÍCIO DA QUARESMA

Aceitando que nos imponham as cinzas, expressamos duas realidades fundamentais:
1. Somo criaturas mortais; tomar consciência de nossa fragilidade, de inevitável fim de nossa existência terrestre, nos ajuda a avaliar melhor os rumos que compete dar à nossa vida: “você é pó, e ao pó voltará” (Gn 3, 19). Somo chamado;

2. Somos chamados a nos converter ao Evangelho de Jesus e sua proposta do Reino, mudando nossa maneira de ver, pensar, agir.
Muitas comunidades sem padre assumiram esse rito significativo como abertura da quaresma anual, realizando-o numa celebração das Palavras.
Veja mais embasamentos bíblicos sobre as cinzas através das seguintes passagens: (Nm 19; Hb 9,13); como sinal de transitoriedade (Gn 18,27; Jó 30,19). Como sinal de luto (2Sm 13,19; Sl 102,10; Ap 19,19). Como sinal de penitência (Dn 9,3; Mt 11,21). Faça uma pesquisa através de todas estas passagens bíblicas, prestando  atenção ao texto e seu contexto, relacionando com a vida pessoal, comunitária, social e com o rito litúrgico da Quarta-feira de cinzas.
(FONTE - MISSAL DOMINICAL, página de 140, © Paulus, 1997). 

COLETIVA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2017





Uma vez mais a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove, em âmbito nacional, durante a quaresma, a Campanha da Fraternidade (CF). Essa feliz iniciativa vem mobilizando, cada ano, toda a Igreja Católica e sociedade em favor da vida digna, justiça social, fraternidade e paz para todos os brasileiros. 
“ Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” é o tema  da  Campanha da Fraternidade 2017, escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos Do Brasil, CNBB, para a nossa reflexão  sobretudo, no Tempo de Quaresma que se aproxima.  O tema não é  só de interesse para os  fiéis católicos, mas  para toda a sociedade, independente de raça, cor ou religião, pois trata de um grito e um pedido pela vida do planeta. Ao propor este tema a Igreja propõe “ Cuidar da criação, de modo especial dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho.
 A abertura da CF 2017 será de acordo com a liturgia  na quarta-feira de cinzas, dia 1º de março,  pois é o início da quaresma, tempo de preparação que antecede a Páscoa. Nesse dia, 1º de março, às 18h30min, acontecerá na Catedral Metropolitana a celebração de abertura da CF presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi   Marques, Arcebispo de Fortaleza.
Na quinta-feira, dia 2, às 9 horas, no Centro de Pastoral Maria, Mãe da Igreja, o  Arcebispo de Fortaleza, fará o lançamento da   Campanha com a presença das autoridades da Igreja   e da sociedade Cearense.  Na ocasião será realizada a tradicional  entrevista coletiva aos Meios de Comunicação.  A mesa, nesse dia, será composta pelo Revmo. Senhor Arcebispo Metropolitano de Fortaleza Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, pelo Geólogo Prof. Dr. Antônio Jeovah de Andrade Meireles, que atua como Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Alessandro Antônio Lopes Nunes Engenheiro Agrônomo e Coordenador do Programa de Convivência do Semiárido da Cáritas Brasileira Regional Ceará. 
O Centro de Pastoral Maria, Mãe da Igreja está localizado na Av. Rodrigues Júnior, 300 – Centro. 

Informações com Marta Andrade através do telefone (85)   9921-6742 ou (85) 3388.8703. 

PAPA FRANCISCO QUER VISITAR O SUDÃO DO SUL JUNTO COM OS ANGLICANOS

 

Cidade do Vaticano (RV) - Visita histórica do Papa Francisco, na tarde de ontem, domingo, à Igreja Anglicana de Todos os Santos, em Roma: nunca um Pontífice tinha ido a essa comunidade que festeja este ano o bicentenário de sua presença na capital italiana.
Uma nova etapa significativa nos 50 anos do início do diálogo ecumênico entre católicos e anglicanos. Durante a visita, Francisco abençoou o novo ícone de Cristo Salvador, e foi oficializada a parceria entre essa paróquia e a paróquia católica de Todos os Santos. Nesta ocasião, o Papa anunciou que está estudando uma viagem ao martirizado Sudão do Sul.

Depois de receber as boas-vindas do Rev. Jonathan Boardman e do bispo Robert Innes, o Papa agradeceu o convite e entrou imediatamente no coração da visita: o desejo de caminhar juntos agora longe da suspeita, da desconfiança e das hostilidades recíprocas do passado. E a sua reflexão começa com o ícone de Cristo Salvador, que ele abençoou:
“Cristo nos olha, e o seu olhar sobre nós é um olhar de salvação, de amor e de compaixão. É o mesmo olhar misericordioso que atravessou o coração dos Apóstolos, que iniciaram um caminho de vida nova para seguir e anunciar o Mestre. Nesta santa imagem, Jesus, olhando-nos, parece dirigir também a nós um chamado, um apelo: “Estás pronto a deixar alguma coisa do teu passado por mim? Queres ser mensageiro de meu coração, de minha misericórdia?”.
E é precisamente a necessidade da misericórdia divina, unida à humildade, seguindo o exemplo de São Paulo, que a comunidade de Corinto foi capaz de superar os mal-entendidos surgidos, a chave para compreender o caminho ecumênico de hoje: “Tornar-se humilde” e “reconhecer-se necessitados de Deus, mendicantes de misericórdia”. É este o ponto de partida - disse o Papa - porque é Deus quem opera”.
Católicos e Anglicanos – disse ainda Francisco -, são chamados a caminhar juntos, através do testemunho concorde da caridade, com o qual se torna visível o rosto misericordioso de Jesus:
“Agradecemos ao Senhor porque entre os cristãos cresceu o desejo de uma maior proximidade, que se manifesta no rezar juntos e no comum testemunho ao Evangelho, sobretudo por meio das várias formas de serviço”.
Às vezes, - continuou o Papa -, o progresso no caminho rumo à plena comunhão pode parecer lento e incerto, mas hoje podemos tirar um encorajamento deste nosso encontro. Pela primeira vez um Bispo de Roma visita a comunidade de vocês. É uma graça e também uma responsabilidade: a responsabilidade de fortalecer as nossas relações em louvor a Cristo, a serviço do Evangelho e desta cidade.
Falando como melhorar as relações à luz de quanto de bom fazem as igreja no Sul do mundo o Papa disse:
“As Igrejas jovens têm uma vitalidade diferente, porque são jovens. Por exemplo, eu estou estudando, os meus colaboradores estão estudando a possibilidade de uma viagem ao Sudão do Sul, porque vieram os bispos, o anglicano, o presbiteriano e o católico, os três juntos a me dizer: “por favor, venha ao Sudão do Sul, apenas um dia, mas não venha sozinho, venha com Justin Welby, o Arcebispo de Cantuária. Deles, Igreja jovem, veio essa criatividade. E estamos pensando se isso pode ser feito, apesar da situação estar muito ruim lá ... Mas devemos fazê-lo, porque eles, os três juntos, eles querem a paz e eles trabalham juntos pela paz”.
Portanto, continua viva a intenção da Declaração Conjunta assinada em outubro passado entre o Papa Francisco e o primaz da Comunhão Anglicana, Justin Welby: a vontade de ir além dos obstáculos em direção da plena unidade e o desejo de um caminho ecumênico, que não seja apenas teológico, mas nas ações concretas sobre questões comuns, tais como o cuidado da criação, a caridade e a paz. (SP)
(from Vatican Radio)
 
Fonte: Rádio Vaticano

EVANGELHO DO DIA

Marcos 10,28-31

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos. Glória a vós, Senhor!Naquele tempo, 28começou Pedro a dizer a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. 29Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, 30receberá cem vezes mais agora, durante esta vida casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições e, no mundo futuro, a vida eterna. 31Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros”. Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

1ª Leitura Eclesiástico 35, 1-15 – “A melhor oração é amar”

O que estamos oferecendo ao Senhor? Como O estamos honrando? O que nos garante que a nossa oferta seja agradável ao Senhor. Como saber que o perfume da nossa oração subiu aos céus? A leitura nos leva a concluir que a justiça é o parâmetro para tudo quanto oferecemos a Deus. Por isso, quando nos apresentarmos diante do Senhor, devemos ter nas mãos a marca das nossas ações de amor. Ser justo é amar ao próximo com o amor que recebemos de Deus, assim sendo, guardar a Lei do Senhor é amar; cumprir os preceitos é concretizar o amor por meio das nossas ações. Agradamos ao Senhor quando as nossas boas obras nos afastam do mal que é o desamor. A melhor oração é amar, por meio dos gestos, pensamentos, palavras e obras. Tudo isso, com o amor que parte do interior e nos motiva a oferecer sacrifícios de louvor com o coração aberto, simples e amoroso. Se formos olhar somente para a nossa situação de pecadores nunca conseguiremos agir assim, no entanto, pela graça que recebemos de Deus, com certeza aos poucos nós iremos adotando esta nova maneira de ser e de viver como uma oferta perene a Deus, em tudo o que realizarmos. Você tem oferecido ao Senhor um coração amoroso com o próximo? – Você tenta se afastar das obras más para não desagradar a Deus? – A sua oração o (a) tem levado a compreender as consequências do amor?
 
Salmo 49 – “A todos os que procedem retamente eu mostrarei a salvação que vem de Deus”

A salvação que Jesus veio nos trazer é o que nos fará proceder retamente, imolar a Deus um sacrifício de louvor e cumprir os votos que fazemos ao Altíssimo. Quando acolhemos a Jesus como nosso único Senhor e Salvador nós entramos em unidade com o Seu Espírito e assim podemos oferecer a Deus um sacrifício de louvor. O verdadeiro sacrifício é aquele que Jesus ofertou na Cruz e hoje nós celebramos juntamente com toda a Sua Igreja quando participamos da Eucaristia. Pela participação no mistério da Eucaristia nós honramos de verdade o Santo Nome de Deus.

Evangelho – Marcos 10, 28-31 – “seguir Jesus de coração”

Somente Deus, que sonda o nosso coração, sabe precisamente em que estamos sintonizados, qual é o nosso ideal, o nosso desejo interior, os nossos apegos, as nossas frustrações e as nossas carências. O acolhimento ao chamado de Jesus é uma decisão interior, individual e libertadora.  Portanto, é dentro do nosso coração que decidimos deixar tudo para seguir Jesus Cristo e o Seu Evangelho. No interior de cada um de nós é que nasce o “homem novo” afastado de todo apoio do mundo e dos homens. Um coração indiviso agrada ao Senhor, isto é, um coração que tem como meta fazer somente a vontade de Deus e não se divide para afagar aos homens. Os nossos encargos, obrigações, festas, comemorações, amizades, vivência familiar, só terão valor se vividos na perspectiva do amor a Deus e consequentemente também àqueles que não fazem parte do nosso círculo restrito. É isso que Jesus nos propõe quando diz, “quem tiver deixado, casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida…e no mundo futuro a vida eterna”. A nossa família faz parte do povo de Deus, mas não podemos permanecer somente com ela. Há momentos em que temos de deixa-la para ir aonde Jesus nos mandar. Jesus nos propõe a verdadeira liberdade interior, sem apegos nem subserviência às pessoas que podem nos afastar da nossa meta de agradar a Deus e servir no Seu reino. No entanto, Jesus não nos promete uma vida sem perseguição, muito pelo contrário. Quando decidimos “deixar tudo”  para seguir o Evangelho, muitos empecilhos irão aparecer, muitas incompreensões da parte das pessoas nos farão sofrer e podemos até entender que somos os últimos no reino de Deus. No entanto, a nossa perseverança e a nossa confiança nas promessas do Senhor, far-nos-ão seguir em frente na certeza de que seremos os primeiros a experimentar o reino dos céus, pois a nossa recompensa também é espiritual. – Você é completamente livre da influência das pessoas de sua família? – O seu ideal de vida tem consonância com o que Deus espera de você? – Você precisa dar satisfação às pessoas da sua família quando está no serviço de Deus? – O seu trabalho o (a) afasta de Deus?

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

SANTO DO DIA - SANTOS ROMÃO E LUPICINO


São Romão entrou para a vida religiosa com 35 anos, na França, onde nasceram os dois santos de hoje. Ele foi discernindo sua vocação, que o deixava inquieto, apesar de já estar na vida religiosa. Ao tomar as constituições de Cassiano e também o testemunho dos Padres do deserto, deixou o convento e foi peregrinar, procurando o lugar onde Deus o queria vivendo.
Indo para o Leste, encontrou uma natureza distante de todos e percebeu que Deus o queria ali.
Vivia os trabalhos manuais, a oração e a leitura, até o seu irmão Lupicino, então viúvo, se unir a ele. Fundaram então um novo Mosteiro, que se baseava nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.
Romão tinha um temperamento e caminhada espiritual onde com facilidade era dado à misericórdia, à compreensão e tolerância. Lupicino era justiça e intolerância. Nas diferenças, os irmãos se completavam, e ajudavam aos irmãos da comunidade, que a santidade se dá nessa conjugação: amor, justiça, misericórdia, verdade, inspiração, transpiração, severidade, compreensão. Eles eram iguais na busca da santidade.
O Bispo Santo Hilário ordenou Romão, que faleceu em 463. E em 480 vai para a glória São Lupicino.
Santos Romão e Lupicino, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

CNBB LANÇA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2017 NA QUARTA-FEIRA, EM BRASÍLIA


"Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida" é o tema desta edição
Com o tema "Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida", a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente, na Quarta-feira de Cinzas, dia primeiro de março, a Campanha da Fraternidade 2017 (CF 2017). O lançamento será na sede da entidade, em Brasília (DF), e será transmitido ao vivo pelas emissoras de TV de inspiração católica, a partir das 10h45.
A campanha, que tem como lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15), alerta para o cuidado da Casa Comum, de modo especial dos biomas brasileiros. Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta é dar ênfase à diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem, sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.
Ainda de acordo com o bispo, a CF deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. "Tocados pela magnanimidade e bondade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar e a guardar”, salienta.
A cerimônia de lançamento contará com as presenças do arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, do secretário geral da Conferência, dom Leonardo Steiner, e do secretário de articulação institucional e cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte.
No Brasil, a Campanha já existe há mais de 50 anos e sua abertura oficial sempre acontece na Quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quaresma, época na qual a Igreja convida os fiéis a experimentarem três práticas penitenciais: a oração, o jejum e a esmola.
Material
Para ajudar nas reflexões sobre a temática, são propostos subsídios, sendo o texto-base o principal. Dividido em quatro capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, o documento faz uma abordagem dos biomas, suas características e contribuições eclesiais na defesa da vida e cultura dos povos originários de cada bioma brasileiro. Também são apresentadas considerações ecológicas sob a perspectiva de São João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos para esta edição, sendo o principal a Coleta Nacional de Solidariedade.
Os subsídios da CF 2017 estão disponíveis no site da editora Edições CNBB. É possível fazer o download do arquivo com todas partituras das músicas da CF 2017 e da Quaresma, entre elas o Hino Campanha, de autoria do padre José Antônio de Oliveira e Wanderson Freitas. Os interessados poderão baixar ainda o cartaz da CF e os spots de rádio, TV e internet preparados para a ocasião.
 
Fonte: CNBB

"ALEGRA-TE: O LUGAR PREFERIDO DE DEUS É O TEU CORAÇÃO"




O primeiro dia do Renascer Fortaleza já começou no Ginásio Paulo Sarasate e na primeira manhã Emmir Nogueira, cofundadora da Comunidade Católica Shalom, falou sobre a alegria do homem que é resultado do seu encontro com Deus. “A alegria do encontro com Deus e da salvação não passam!” – afirmou Emmir. De uma forma dinâmica, ela explicou que a presença de Deus, a Sua amizade e o Seu Amor constantes são o motivo do verdadeiro júbilo do homem, que nunca está sozinho, mas é amado, filho de Deus, portador de suas promessas. “Desde toda eternidade você está no coração de Deus” – comentou.
Dando continuidade ao momento de pregação, Emmir falou sobre a importância da presença de Nossa Senhora na vida de cada ser humano. “Estava tudo perdido, mas Deus, na Sua Misericórdia, olhou aquele destroço, sofreu com a separação do homem.” Através do ‘sim’ de Maria, a humanidade conheceu uma nova história, a de salvação de todos os homens. “Não haveria a mínima chance de chegarmos a Deus sozinhos” – completou.
Ainda segundo Emmir, a alegria de Maria era a de fazer a vontade de Deus, gestá-lo, estar com Ele. Ela sofreu em muitos momentos de sua vida, mas sabia dar um sentido ao sofrimento. “Havia um sentido no coração de Maria que só encontra quem está íntimo de Deus.” – comentou.
Emmir concluiu o momento de formação lembrando a todos os que estavam presentes que a alegria de Maria é inexplicável, porque não é como a alegria do mundo, que é passageira, mas como a do próprio Deus. Como Porta do Céu, ela é a via na qual o Verbo (Jesus) se Encarnou, e na qual podemos alcançar Deus de uma maneira simples. Se aproximar dela, é ter a alegria certa de que Deus está sempre perto de nós e quer habitar em nossos corações. “Um novo tempo se iniciou com aquela que trouxe o Menino.” – completou.
A alegria de estar na presença de Deus continua no Renascer Fortaleza! Amanhã, a partir das 8h, a programação terá continuidade, com momentos de oração, louvor e formações.

Serviço
Renascer Fortaleza
Data: 26 a 28 de fevereiro – a partir das 8h, às 18h.
Endereço: Rua Ildefonso Albano, 2050 – Ginásio Paulo Sarasate
Entrada: Gratuita (Motivamos a doação de 1Kg de alimento não-perecível)

 Fonte: Site da Comunidade Shalom

EVANGELHO DO DIA

Marcos 10,17-27
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.Glória a vós, Senhor!Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!”20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!”22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!”24Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!”26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE


27/02/20170- 2ª. Feira VIII semana comum

– Eclesiástico 17, 20-28 – “louvar a Deus enquanto temos vida”

A mensagem desta leitura é, para nós, um verdadeiro apelo ao arrependimento e a conversão, nos motivando a alimentar em nós a esperança de regressar a Deus a fim de que possamos viver a alegria da Sua justiça. “Aos arrependidos Deus concede o caminho de regresso”, diz o autor do Eclesiástico. Quem se arrepende encontra o caminho de volta para casa e o conforto da esperança. Voltar para o Senhor é desprezar o pecado para permanecer no estado de justiça, isto é, daquilo que é justo aos olhos de Deus. Andar na companhia do povo santo é acompanhar-se com todos aqueles que professam a fé em Jesus Cristo e proclamam a glória de Deus e O têm como Pai. A nós, compete louvar a Deus enquanto temos vida e caminhamos aqui na terra, pois nascemos para esse fim. O erro do ímpio, isto é, do impiedoso é que ele está sempre às voltas de si mesmo, colocando-se o centro do universo e não sabe reconhecer a grandeza de Deus. Fomos criados para louvar a Deus e glorifica-Lo por todas as coisas e só alcançaremos a felicidade se cumprirmos com a nossa finalidade. Portanto, aproveitemos esse tempo, para arrependidos, nos voltarmos para o Senhor, reconhecendo a nossa iniquidade e desejando cada dia mais a Sua justiça. – Você encontra sentido em louvar a Deus? – Você se sente feliz quando O louva? – É difícil para você fazer isso? – Por que?

Salmo 31 – “Ó justos, alegrai-vos no Senhor!”

Todos nós quando recebemos o perdão de Deus nos sentimos felizes e em paz. Quando confessamos o nosso pecado e reconhecemos as nossas faltas, naturalmente a misericórdia do Senhor nos abraça e nos anima. Durante o tempo da angústia e aflição por causa do pecado é um grande refrigério para a nossa alma o nosso arrependimento sincero.

Evangelho – Marcos 10, 17-27 – “vender” os bens para desfrutar do reino”

As inquietações brotam de dentro do nosso coração e é de dentro de nós que parte o apelo de que algo a mais nós precisamos fazer. Por isso, ao aproximar-se de Jesus aquele jovem tinha consciência de que que estava levando uma vida “correta” , procurava seguir os mandamentos, mas mesmo assim, sentia no seu coração que isso era pouco e que algo ainda precisava acontecer. Por isso, ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. Jesus então, sabendo o que se passava no íntimo daquele homem foi em cima da ferida: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!” Nós também vivemos uma vida correta, seguindo as regras do jogo, mas sem perceber, nós esperamos que um dia alguma coisa mude na nossa vida. No fundo, nós ansiamos pela hora da graça de Deus, o kairós, um momento de conscientização em que nos decidiremos radicalmente pelo seguimento de Jesus. No entanto, apesar de desejarmos, como aquele homem nós também não queremos nos apartar dos “nossos bens”, que são a nossa vontade própria, o nosso orgulho, o nosso amor próprio, a nossa privacidade, o nosso dinheiro, os bens materiais que possuímos e nos enchemos de tristeza com a proposta de Jesus. Jesus sabe o quão difícil é para nós seguir o Seu conselho, mas também sabe que só seremos completamente livres e felizes se fizermos o que Ele nos propõe. É difícil um rico entrar no reino dos céus, porque o reino pertence àqueles que estão livres dos apegos mundanos e quanto mais bens nós possuímos mais difícil será para usufruirmos da simplicidade do reino dos céus. No entanto, Jesus nos consola e anima quando diz que “para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”. Peçamos ao Senhor a graça de conseguirmos “vender” os nossos bens para desfrutarmos do Seu reino, desde já, no agora da nossa vida. - Você possui muitos bens? – Como você tem viajado, livremente ou absorto com a sua “bagagem”? – O pouco ou muito que você tem atrapalha o seu relacionamento com Deus e com o próximo? – Existe alguma coisa que o seu coração pede para fazer? O quê?

Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

SANTO DO DIA - SÃO GABRIEL DAS DORES


Nascido a 1838 em Assis, na Itália, dentro de uma família nobre e religiosa, recebeu o nome de batismo Francisco, em homenagem a São Francisco.
Na juventude andou desviado por muitos caminhos, e era dado a leitura de romances, festas e danças. Por outro lado, o jovem se sentiu chamado a consagrar-se totalmente a Deus, no sacerdócio ministerial. Mas vivia ‘um pé lá, outro cá’. Ou seja, nas noitadas e na oração e penitência.
Aos 18 anos, desiludido, desanimado e arrependido, entrou numa procissão onde tinha a imagem de Nossa Senhora. Em meio a tantos toques de Deus, ouviu uma voz serena, a voz da Virgem Maria, que dizia que aquele mundo não era para ele, e que Deus o queria na religião.
Obediente a Santíssima Virgem, na fé, entrou para a Congregação dos Padres Passionistas. Ali, na radicalidade ao Evangelho, mudou o nome para Gabriel, e de acordo também com a sua devoção a Nossa Senhora, chamou-se então: Gabriel da Dores.
Antes de entrar para a Congregação, já tinha a saúde fraca, e com apenas 23 anos partiu para a glória, deixando o rastro da radicalidade em Deus.
Em meios as dores, São Gabriel viveu o santo Evangelho.
São Gabriel das Dores, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias

domingo, 26 de fevereiro de 2017

RENASCER JÁ EESTÁ NO SEGUNDO DIA EM CIDADES DA REGIÃO NORTE DO CEARÁ

 


Festa das Cores e Bloco da Paz agitaram Renascer em Forquilha
Moradores de pelo menos cinco cidades da região norte do Ceará já estão vivendo seu segundo dia do Renascer 2017. Em Forquilha, a festa foi marcada pelo Bloco da Paz e a festa das cores. Vários jovens lotaram a praça da cidade para aproveitarem o momento de diversão. “Foi uma experiência nova e diferente, comparada a outros lugares que eu já fui. Achei muito bom e vou participar todos os dias do Renascer”, conta a jovem Isabella.
Além de Forquilha, Alcântaras, Massapê, Aranaú e Cariré também iniciaram a programação neste sábado (25). Em Aranaú, cerca de 150 pessoas estiveram na Adoração ao Santíssimo Sacramento na paróquia da cidade. Nos próximos dias o Renascer começa a partir das 15h.
Primeiro dia do Renascer em Aranaú-CE contou com Adoração ao Santíssimo Sacramento
 
Já em Alcântaras, o Renascer iniciou com Santa Missa às 18h do sábado (25), presidida pelo Padre Marconi. Aproximadamente 500 pessoas estiveram na celebração de abertura. Enquanto isso, o Renascer Kids da cidade acolheu 60 crianças. Ainda no primeiro dia do evento em Alcântaras, a Banda Swingueira de Cristo animou os participantes, com show que começou por volta das 23h.
Em Massapê, o Renascer também começou com Santa Missa na noite deste sábado. Em seguida a banda católica Swing Leva Deus trouxe muita alegria através da música para o público de cerca de 500 pessoas.
 
Programação com Shows
 
Em Forquilha e em Cariré haverá show neste domingo de Renascer. A Banda Swing Leva Deus se apresenta às 20h30 em Cariré para encerrar o segundo dia do retiro de carnaval. Antes disso, haverá Santa Missa, às 19h, na Escola Marieta Cals (Rua Sebastião Miranda, 550).
Já em Forquilha a animação fica por conta do Shalom na Praça, jovens que irão se apresentar às 20h, após a Santa Missa que começa às 19h. Ainda em Forquilha, na segunda (27), às 21h, tem Banda na Fé, já na terça (28), Swing Leva Deus sobe ao palco às 20h30. É muita alegria, animação e shows nesse Renascer 2017.
unidade Shalom
 
Fonte: Site da Comunidade Shalom

Mateus Ferreira

 


REV. BOARDMAN SOBRE VISITA DO PAPA À PARÓQUIA ANGLICANA: ALEGRIA INACREDITÁVEL!

 

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco visitará às 16 horas deste domingo, 26 de fevereiro, a Paróquia anglicana de Todos os Santos, localizada na Via del Babuino, em Roma.
Trata-se de uma visita histórica, visto ser o primeiro Pontífice a entrar no templo construído há 200 anos. A Rádio Vaticano vai transmitir a visita, com comentários em português, a partir das 12 horas, horário de Brasília.
Em outubro de 2016, o Santo Padre havia encontrado no Vaticano os Primazes das Províncias Anglicanas, guiados pelo Arcebispo de Cantuária, Justin Welby, no contexto dos 50 anos de diálogo ecumênico.
Mas, sobre a expectativa para este evento, ouçamos o que disse aos microfones da Rádio Vaticano o Pároco da Igreja de Todos os Santos, Reverendo Johathan Boardman:
“É uma alegria inacreditável, tem um significado absolutamente extraordinário! Mas ao mesmo tempo, penso que seja algo normal, depois de 50 anos. Em um certo sentido, reflete o caráter do Papa Francisco, pois ele tem um modo simples de fazer as coisas. No momento de aceitar o nosso convite, para mim disse simplesmente: “Sim, certo, irei!”.  Portanto, esta é uma das tantas coisas espirituais da nossa vida cristã: de que algo extraordinário é algo normal, algo cotidiano. E criar esta conexão entre as duas coisas é importante e nós procuramos fazer isto”.
RV: Além da oração em comum com o Papa, haverá também algo muito prático como a parceria com a Paróquia católica de Todos os Santos, em Roma...
“Sim, de fato. Haverá um serviço conjunto aos pobres todas as sextas-feiras na Estação Ostiense, que nós já começamos. E haverá outras ocasiões que prometemos fazer juntos, para conhecermo-nos melhor e para criar uma amizade mais profunda: participar das duas diferentes Liturgias e conhecer-nos também como comunidade cristã, pelos nossos cultos”.(ph/je)(from Vatican Radio)

Fonte: Rádio Vaticano

ANGELUS: COLOCAR A CONFIANÇA EM DEUS, O GRANDE AMIGO, O ALIADO, O PAI

 

Cidade do Vaticano (RV) – Diante das tantas preocupações que tiram a nossa serenidade e equilíbrio, devemos confiar-nos a Deus. “Ele não resolve magicamente os problemas, mas permite enfrentá-los com o espírito correto”.

Palavras do Papa Francisco na alocução que precedeu a Oração mariana do Angelus,  inspirada na leitura do Evangelho de Mateus - proposta pela Liturgia do dia - onde somos chamados a fazer uma escolha por Deus e pelo seu Reino, uma escolha “que nem sempre mostra imediatamente seus frutos” e que é feita na esperança.
Deus cuida dos seres da criação, “provê de alimento a todos os animais, preocupa-se pelos lírios e pela erva do campo; o seu olhar benéfico e solícito vigia cotidianamente a nossa vida”.
O Papa recorda que “a angústia” causada pelas preocupações “é muitas vezes inútil”, pois “não consegue mudar o curso dos acontecimentos”. Neste sentido, a insistente exortação de Jesus “a não nos preocupar-nos com o amanhã”, “existe um Pai amoroso que não se esquece nunca de seus filhos. Entregar-se a Ele não resolve magicamente os problemas, mas permite enfrentá-los com o espírito correto, corajosamente”:
“Deus não é um ser distante e anônimo: é o nosso refúgio, a fonte de nossa serenidade e de nossa paz. É a rocha da nossa salvação, a quem podemos agarrar-nos na certeza de não cair. Quem se agarra a Deus não cai, quem se agarra a Deus, não cai nunca! É a nossa defesa do mal, sempre à espreita. Deus é para nós o grande amigo, o aliado, o pai, mas nem sempre nos damos conta disto”.
Não nos damos conta disto, e “preferimos nos apoiar em bens imediatos que podemos tocar, bens contingentes – constata Francisco -  esquecendo, e às vezes rejeitando, o bem supremo, isto é, o amor paterno de Deus”:
“Senti-lo Pai, nesta época de orfandade é tão importante! Neste mundo órfão, senti-lo Pai. Nós nos afastamos do amor de Deus quando vamos em busca obsessiva dos bens terrenos e das riquezas, manifestando assim um amor exagerado por estas realidades”.
“Jesus – recordou o Santo Padre - nos diz que esta busca incansável é ilusória e motivo de infelicidade. E dá aos seus discípulos uma regra de vida fundamental: “Buscai, pelo contrário, o reino de Deus””:
“Trata-se de realizar o projeto que Jesus anunciou no Sermão da Montanha, confiando em Deus que não desilude - tantos amigos ou tantos que acreditávamos amigos, nos desiludiram; Deus nunca desilude - agir como administradores fieis dos bens que Ele nos deu, também os terrenos, mas sem “exagerar”, como se tudo, também a nossa salvação, dependesse somente de nós”.
“Esta atitude evangélica requer uma escolha clara, que a passagem de hoje indica com precisão: “Não podeis servir a Deus e à riqueza”. Ou o Senhor, ou os ídolos fascinantes, mas ilusórios”:
Esta escolha que somos chamados a fazer, repercute depois em tantos de nossos atos, programas e compromissos. É uma escolha que deve ser feita de modo claro e renovada continuamente, porque as tentações de reduzir tudo a dinheiro, prazer e poder, estão sempre presentes. Existem tantas tentações neste sentido”.
“Enquanto honrar estes ídolos leva a resultados tangíveis, mesmo se fugazes, fazer a escolha por Deus e pelo seu Reino nem sempre mostra imediatamente os seus frutos”:
É uma decisão que se toma na esperança e que deixa a Deus a plena realização. A esperança cristã é voltada ao cumprimento futuro da promessa de Deus e não se rende diante de alguma dificuldade, porque é fundada na fidelidade de Deus, que nunca falta. É fiel, é um pai fiel, é um amigo fiel, é um aliado fiel”.
A confiança no amor e na bondade do Pai celeste – concluiu o Papa – “é o pressuposto para superar os tormentos e as adversidades da vida, e também as perseguições, como nos mostra o testemunho de tantos nossos irmãos e irmãs”.
Ao saudar os inúmeros grupos e cerca de 30 mil fiéis  presentes na Praça São Pedro, o Papa recordou que na terça-feira, 28 de fevereiro, recorre o “Dia das doenças raras”. Neste sentido, “fez votos de que os pacientes e as suas famílias sejam adequadamente apoiados no difícil percurso, quer a nível médico como legislativo”. (JE)(from Vatican Radio)

Fonte: Rádio Vaticano

ESCOLA DE COMUNICAÇÃO DO REGIONAL 1 ABRE INSCRIÇÕES PARA CURSO



Até o dia 3 de março de 2017 estarão abertas as inscrições para o Curso de Comunicação Pastoral, oferecido pela Escola de Comunicação do Regional Ne 1 em parceria com as Livrarias Paulinas e Paulus. 
O Curso de Comunicação tem por finalidade a formação pastoral, teórica e técnica (prática) de instrumentos comunicacionais utilizado em nosso Regional Ne 1, dando ênfase a formação teórica desses instrumentos para uma evangelização mais adequada a cada rede comunicativa da Pascom.

O Curso oferecerá módulos como: Pastoral da Comunicação; Rádio; Produção Textual; Fotografia; Catequese e Comunicação; Liturgia e Comunicação; Produção de Vídeo; Educomunicação; Dia Mundial das Comunicações; Comunicação Pessoal e Grupal; Metodologia de Trabalho e laboratórios. 

As aulas serão realizadas nas Livrarias Paulus e Paulinas respectivamente, no primeiro e segundo sábados de cada mês. O Curso terá sua aula inaugural no dia 4 de março, na Livraria Paulinas, às 8h30min, e terá sua finalização no dia 09 de dezembro, com colação dos concludentes.

Quanto ao investimento a matrícula tem um custo de R$ 50,00 pago no ato da inscrição e a  mensalidade de R$ 25,00 (10x) pagos durante a realização do curso. O certificado do curso será expedido pela CNBB Regional Ne 1 e os parceiros de nossa escola. As inscrições serão realizadas nas livrarias Paulinas e Paulus, no horário comercial, no centro de Fortaleza. O Curso de Comunicação Pastoral será aberto ao público em geral, sem exigência de escolaridade. Informações com Alex Ferreira através do telefone (85) 9 8983.3292.

Fonte: Pascom da Arquidiocese de Fortaleza

PAPA FRANCISCO: MENSAGEM PARA A QUARESMA 2017

 



Imagem: A “Transfiguração”, de Raffaello Sanzio – RV

Amados irmãos e irmãs!
A Quaresma é um novo começo, uma estrada que leva a um destino seguro: a Páscoa de Ressurreição, a vitória de Cristo sobre a morte. E este tempo não cessa de nos dirigir um forte convite à conversão: o cristão é chamado a voltar para Deus «de todo o coração» (Jl 2, 12), não se contentando com uma vida medíocre, mas crescendo na amizade do Senhor. Jesus é o amigo fiel que nunca nos abandona, pois, mesmo quando pecamos, espera pacientemente pelo nosso regresso a Ele e, com esta espera, manifesta a sua vontade de perdão (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de janeiro de 2016).

A Quaresma é o momento favorável para intensificarmos a vida espiritual através dos meios santos que a Igreja nos propõe: o jejum, a oração e a esmola. Na base de tudo isto, porém, está a Palavra de Deus, que somos convidados a ouvir e meditar com maior assiduidade neste tempo. Aqui queria deter-me, em particular, na parábola do homem rico e do pobre Lázaro (cf. Lc 16, 19-31). Deixemo-nos inspirar por esta página tão significativa, que nos dá a chave para compreender como temos de agir para alcançarmos a verdadeira felicidade e a vida eterna, incitando-nos a uma sincera conversão.

1. O outro é um dom
A parábola inicia com a apresentação dos dois personagens principais, mas quem aparece descrito de forma mais detalhada é o pobre: encontra-se numa condição desesperada e sem forças para se solevar, jaz à porta do rico na esperança de comer as migalhas que caem da mesa dele, tem o corpo coberto de chagas, que os cães vêm lamber (cf. vv. 20-21). Enfim, o quadro é sombrio, com o homem degradado e humilhado.

A cena revela-se ainda mais dramática, quando se considera que o pobre se chama Lázaro, um nome muito promissor pois significa, literalmente, «Deus ajuda». Não se trata duma pessoa anónima; antes, tem traços muito concretos e aparece como um indivíduo a quem podemos atribuir uma história pessoal. Enquanto Lázaro é como que invisível para o rico, a nossos olhos aparece como um ser conhecido e quase de família, torna-se um rosto; e, como tal, é um dom, uma riqueza inestimável, um ser querido, amado, recordado por Deus, apesar da sua condição concreta ser a duma escória humana (cf. Homilia na Santa Missa, 8 de janeiro de 2016).

Lázaro ensina-nos que o outro é um dom. A justa relação com as pessoas consiste em reconhecer, com gratidão, o seu valor. O próprio pobre à porta do rico não é um empecilho fastidioso, mas um apelo a converter-se e mudar de vida. O primeiro convite que nos faz esta parábola é o de abrir a porta do nosso coração ao outro, porque cada pessoa é um dom, seja ela o nosso vizinho ou o pobre desconhecido. A Quaresma é um tempo propício para abrir a porta a cada necessitado e nele reconhecer o rosto de Cristo. Cada um de nós encontra-o no próprio caminho. Cada vida que se cruza connosco é um dom e merece aceitação, respeito, amor. A Palavra de Deus ajuda-nos a abrir os olhos para acolher a vida e amá-la, sobretudo quando é frágil. Mas, para se poder fazer isto, é necessário tomar a sério também aquilo que o Evangelho nos revela a propósito do homem rico.

2. O pecado cega-nos
A parábola põe em evidência, sem piedade, as contradições em que vive o rico (cf. v. 19). Este personagem, ao contrário do pobre Lázaro, não tem um nome, é qualificado apenas como «rico». A sua opulência manifesta-se nas roupas, de um luxo exagerado, que usa. De facto, a púrpura era muito apreciada, mais do que a prata e o ouro, e por isso se reservava para os deuses (cf. Jr 10, 9) e os reis (cf. Jz 8, 26). O linho fino era um linho especial que ajudava a conferir à posição da pessoa um caráter quase sagrado. Assim, a riqueza deste homem é excessiva, inclusive porque exibida habitualmente: «Fazia todos os dias esplêndidos banquetes» (v. 19). Entrevê-se nele, dramaticamente, a corrupção do pecado, que se realiza em três momentos sucessivos: o amor ao dinheiro, a vaidade e a soberba (cf. Homilia na Santa Missa, 20 de setembro de 2013).

O apóstolo Paulo diz que «a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro» (1 Tm 6, 10). Esta é o motivo principal da corrupção e uma fonte de invejas, contendas e suspeitas. O dinheiro pode chegar a dominar-nos até ao ponto de se tornar um ídolo tirânico (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 55). Em vez de instrumento ao nosso dispor para fazer o bem e exercer a solidariedade com os outros, o dinheiro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que não deixa espaço ao amor e dificulta a paz.

Depois, a parábola mostra-nos que a ganância do rico fá-lo vaidoso. A sua personalidade vive de aparências, fazendo ver aos outros aquilo que se pode permitir. Mas a aparência serve de máscara para o seu vazio interior. A sua vida está prisioneira da exterioridade, da dimensão mais superficial e efémera da existência (cf. ibid., 62).

O degrau mais baixo desta deterioração moral é a soberba. O homem veste-se como se fosse um rei, simula a posição dum deus, esquecendo-se que é um simples mortal. Para o homem corrompido pelo amor das riquezas, nada mais existe além do próprio eu e, por isso, as pessoas que o rodeiam não caiem sob a alçada do seu olhar. Assim o fruto do apego ao dinheiro é uma espécie de cegueira: o rico não vê o pobre esfomeado, chagado e prostrado na sua humilhação.

Olhando para esta figura, compreende-se por que motivo o Evangelho é tão claro ao condenar o amor ao dinheiro: «Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Mt 6, 24).

3. A Palavra é um dom
O Evangelho do homem rico e do pobre Lázaro ajuda a prepararmo-nos bem para a Páscoa que se aproxima. A liturgia de Quarta-Feira de Cinzas convida-nos a viver uma experiência semelhante à que faz de forma tão dramática o rico. Quando impõe as cinzas sobre a cabeça, o sacerdote repete estas palavras: «Lembra-te, homem, que és pó da terra e à terra hás de voltar». De facto, tanto o rico como o pobre morrem, e a parte principal da parábola desenrola-se no Além. Dum momento para o outro, os dois personagens descobrem que nós «nada trouxemos ao mundo e nada podemos levar dele» (1 Tm 6, 7).

Também o nosso olhar se abre para o Além, onde o rico tece um longo diálogo com Abraão, a quem trata por «pai» (Lc 16, 24.27), dando mostras de fazer parte do povo de Deus. Este detalhe torna ainda mais contraditória a sua vida, porque até agora nada se disse da sua relação com Deus. Com efeito, na sua vida, não havia lugar para Deus, sendo ele mesmo o seu único deus.

Só no meio dos tormentos do Além é que o rico reconhece Lázaro e queria que o pobre aliviasse os seus sofrimentos com um pouco de água. Os gestos solicitados a Lázaro são semelhantes aos que o rico poderia ter feito, mas nunca fez. Abraão, porém, explica-lhe: «Recebeste os teus bens na vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado» (v. 25). No Além, restabelece-se uma certa equidade, e os males da vida são contrabalançados pelo bem.

Mas a parábola continua, apresentando uma mensagem para todos os cristãos. De facto o rico, que ainda tem irmãos vivos, pede a Abraão que mande Lázaro avisá-los; mas Abraão respondeu: «Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam» (v. 29). E, à sucessiva objeção do rico, acrescenta: «Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos» (v. 31).

Deste modo se patenteia o verdadeiro problema do rico: a raiz dos seus males é não dar ouvidos à Palavra de Deus; isto levou-o a deixar de amar a Deus e, consequentemente, a desprezar o próximo. A Palavra de Deus é uma força viva, capaz de suscitar a conversão no coração dos homens e orientar de novo a pessoa para Deus. Fechar o coração ao dom de Deus que fala, tem como consequência fechar o coração ao dom do irmão.

Amados irmãos e irmãs, a Quaresma é o tempo favorável para nos renovarmos, encontrando Cristo vivo na sua Palavra, nos Sacramentos e no próximo. O Senhor – que, nos quarenta dias passados no deserto, venceu as ciladas do Tentador – indica-nos o caminho a seguir. Que o Espírito Santo nos guie na realização dum verdadeiro caminho de conversão, para redescobrirmos o dom da Palavra de Deus, sermos purificados do pecado que nos cega e servirmos Cristo presente nos irmãos necessitados. Encorajo todos os fiéis a expressar esta renovação espiritual, inclusive participando nas Campanhas de Quaresma que muitos organismos eclesiais, em várias partes do mundo, promovem para fazer crescer a cultura do encontro na única família humana. Rezemos uns pelos outros para que, participando na vitória de Cristo, saibamos abrir as nossas portas ao frágil e ao pobre. Então poderemos viver e testemunhar em plenitude a alegria da Páscoa.

Vaticano, 18 de outubro de 2016.
Festa do Evangelista São Lucas
FRANCISCO

Fonte: Rádio Vaticano