REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

13/02/2017 - 2ª. feira VI semana comum

– Gênesis 4, 1-15.25 – “a oferta que fazemos ao Senhor”

Caim ofereceu a Deus os frutos que a própria terra produzia e que, para ele não tinham nenhum significado de sacrifício, visto que não lhe custara dor nem sofrimento. No entanto, Abel ofereceu primogênitos do seu rebanho que faziam parte da sua vide e cuja oblação provocava nele dó e sacrifício. Às vezes também nós agimos como Caim! Prontamente nos dispomos a oferecer ao Senhor somente o que nos sobra o que não nos fará falta e não nos custa sacrifício. Não somos capazes de nos despojarmos do que é mais importante na nossa vida, e por isso, também o Senhor não acolhe as nossas ofertas superficiais, mas aceita o sacrifício que outros nossos irmãos O oferecem. Quando isto nos acontece, também como Caim, nós nos revoltamos contra Deus e queremos nos vingar nos nossos irmãos, queremos vê-los longe dos nossos olhos e fazemos justiça com as nossas próprias mãos. Mesmo assim, Deus não nos permite morrer nos nossos pecados e nos dá chance e oportunidade para que possamos nos arrepender e mudar de vida, a fim de fazermos ofertas que Lhe sejam agradáveis. A oferta que agrada ao Senhor é aquela que fazemos de coração contrito e humilhado porque nos pesa e tira de nós o que possuímos de mais valioso. Esta oferta é, então, a oferenda que purifica o nosso coração e tem efeito na nossa caminhada para a santidade. Sentimo-nos mais felizes quando ofertamos a Deus as coisas que tiramos de nós mesmos e que para nós denotam sacrifício e dor. – O que você tem oferecido ao Senhor: coisas que são tiradas da terra ou coisas que são tiradas de você próprio (a)? – Você já experimentou oferecer ao Senhor a renúncia de coisas que você pratica e que estão entranhadas em você mesmo(a), como vícios, costumes, atitudes incoerentes....?

Salmo 49 – “Imola a Deus um sacrifício de louvor!”

O sacrifício que agrada a Deus é aquele que nos faz amar e viver em paz com os nossos irmãos. Não nos basta repetir com os lábios o mandamento do Senhor e deixar de aplicá-lo nos nossos relacionamentos. O preceito do Senhor é o amor e amar como Jesus amou requer de nós um coração acrisolado, submisso e acolhedor.


Evangelho – Marcos 8, 11-13 – “Quem crê em Jesus não precisa de sinais”

Hoje também Jesus dá um suspiro profundo e nos diz: “Por que você pede um sinal? Nós também gostamos de pedir a Deus “um sinal do céu” que corresponda as nossas expectativas e acalme as nossas inquietações! Quando ficamos pedindo sinais a Deus e não prestamos atenção nos sinais que Ele naturalmente nos evidencia, estamos dando prova da nossa pouca confiança Nele e na sua Palavra. Por meio dos simples acontecimentos e fatos concretos da nossa vida o Senhor nos fala e nos anima, no entanto, nós esperamos por coisas extraordinárias que nunca irão acontecer. Por não sabermos distinguir o tempo em que vivemos e as manifestações do Espírito Santo agindo em nós, desejamos segurança, certeza de sucesso e não consideramos o fato de que Jesus Cristo já adquiriu para nós a vitória final. Jesus veio definitivamente cortar em nós o costume do “só vou vendo”, do “quero um sinal para poder acreditar.” Quem crê em Jesus não precisa de sinais para assumir as Suas promessas como verdadeiras. Só a Sua Palavra já é motivo para que permaneçamos firmes na fé. Nós tentamos a Deus quando pedimos a Ele sinais e não percebemos as balizas deixadas por Ele para nós. A Cruz e a Palavra de Deus são uma prova fiel do Seu amor por nós. São sinais de Fé! O Espírito Santo é o grande motivador da nossa fé! O maior sinal de Deus para todos nós é Jesus Cristo que veio como enviado do Pai para nos dar vida e santidade e nos revelar a Sua face amorosa. Não precisamos de sinais, pois o amor de Deus foi derramado no nosso coração pelo Espírito que nos foi dado e é quem age em nós e nos dá sabedoria para discernirmos a nossas inquietações e os nossos desejos. - Você confia sem que precise de algum sinal? – Qual é o grande sinal do amor de Deus por você? - Qual foi o grande sinal que Deus já lhe deu?

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho