sábado, 10 de dezembro de 2016

PRIMEIRA BEATIFICAÇÃO EM LAOS OS DEZESSETE MÁRTIRES DE VENTIANE

A Igreja em Laos nasceu do sangue dos mártires. No ano jubilar de 2000 João Paulo II convidou os cristãos a honrar e reconhecer as testemunhas da fé do século XX. E respondendo a este convite a Igreja laosiana apresentou o martírio de dezessete homens: um sacerdote local, cinco religiosos franceses das missões estrangeiras de Paris (Mep), seis missionários oblatos de Maria Imaculada (Omi) da Itália e da França e cinco leigos indígenas. Domingo 11 de dezembro serão beatificados em Vientiane, em representação do Papa Francisco, pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as causas dos santos. Presidirá à celebração eucarística para a primeira beatificação em Laos o cardeal Orlando Quevedo, arcebispo de Cotabato nas Filipinas e missionário Omi.
O martírio destas pessoas evoca as agitações que tiveram lugar no final da Segunda Guerra Mundial, quando diversas Nações do leste e do sudeste asiático caíram nas mãos de regimes comunistas ateus. O conflito que progressivamente dilacerou Laos perturbou não só aquela terra, mas também a própria noção de harmonia, tão importante na tradição budista do país. O martírio dos novos beatos verificou-se no contexto de um clima de violência, ideologia e insegurança. Permaneceram nos lugares de missão não obstante o perigo que os ameaçava. A sua escolha era tríplice: permanecer fiéis até ao fim a Jesus Cristo, seguir as diretrizes da Igreja, ficar a todo o custo ao lado do povo de Deus e dos pobres confiados aos seus cuidados. Foram assassinados por causa da sua fé entre 1945 e 1970.
Thomas Klosterkamp
Postulador geral dos missionários oblatos de Maria Imaculada
Fonte: L’Osservatore Romano

Nenhum comentário: