0/02/2014 - 5ª. feira VI semana comum – Tiago 2, 1-9 - “os pobres deste mundo são ricos na fé” Todos nós nos dizemos cristãos, seguidores de Jesus Cristo, entendemos que vivemos os mandamentos da Lei de Deus e esperamos entrar nos tabernáculos eternos, no entanto, nem todos podemos dizer que assumimos a Palavra de Deus no Seu significado. O assunto tratado aqui por São Tiago nos remete a uma reflexão sobre qual é o tratamento que damos aos nossos irmãos. Ele é bem claro quando afirma que a fé em Jesus não admite acepção de pessoas, distinção entre os mais ou menos, ricos, bonitos, sábios, poderosos, saudáveis, agradáveis. Na comunidade, na família, isto é, nos nossos relacionamentos, todos merecem atenção. Os que têm o anel no dedo, isto é, os graduados, os mais bem vestidos, os que sabem falar bem, cantar bem, tocar bem, não devem ser destacados dos demais que no silencio e no anonimato estão no mundo a serviço do reino e para a missão também específica de amar e receber amor. Todos devem ter direitos, ao amor, à acolhida, à atenção e vez para falar, questionar, opinar. Agindo ao contrário, nos tornaremos juízes com critérios injustos, isto é, contra o desígnio de Deus, e desajustados da Sua vontade. Precisamos ser colunas edificadas igualmente dando chance para que todos cresçam e se tornem fortes, construtivos e participantes. O Espírito Santo é quem manifesta em todos nós a inteligência e a sabedoria de Deus. A Palavra também nos assegura que agimos bem quando amamos nosso próximo como a nós mesmos. Será que estamos fazendo distinção de pessoas? Reflita - Você faz distinção no tratar com as pessoas? Como é a sua maneira de “apreciar” o próximo? A beleza, o poder, a riqueza, a cor, fazem alguma diferença no tratamento que você dá ao seu próximo? Você pode dizer que é um verdadeiro cristão (ã)? Salmo 33 – “Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido” Na nossa humildade nós também, como o salmista, reconhecemos que o Senhor não discrimina ninguém que se volta para Ele e recorre à Sua Misericórdia. Quando fazemos a experiência de gritar por socorro nós comprovamos a eficácia da oração que é feita de coração. Sentimos a alegria de contemplar a face do Senhor e de ter recebido Dele amparo para as nossas fraquezas. Então, o Senhor nos liberta de toda angústia. Evangelho - 8, 27-33 – Marcos 8, 27-33 - “qual a fonte que gera os nossos pensamentos?” Precisamos estar atentos (as) com o que os nossos lábios pronunciam e perceber a fonte que gera os nossos pensamentos, palavras e ações quando nos dirigimos ao Senhor ou falamos em Seu Nome. Somos anjos (mensageiros de Deus), ou satanás (adversário, acusador), na medida em que escutamos o Espírito Santo ou as falsas sugestões da nossa humanidade. Somos assim, da nossa boca saem bênção e maldição. Todos nós somos assim como Pedro, na hora do louvor e da oração prometemos seguir Jesus por onde Ele mandar, porém logo que vem alguma dificuldade, nós tiramos o time e isso já não consta mais nos nossos propósitos. Aqui neste episódio, de alguma forma, Pedro expressou a dubiedade de sentimento que existe no coração de todo ser humano. Depois de ser inspirado pelo Espírito e proclamar que Jesus era o Messias, Pedro tergiversou quando Jesus lhe falou de sofrimento e de dificuldade. Na sua fraqueza humana ele teve uma reação rebelde de quem está contra o pensamento de Deus. Por que fugimos do sofrimento? Há momentos na nossa vida em que nós também percebemos claramente o pensamento de Deus e entendemos as coisas que Ele nos segreda aos ouvidos. Outras vezes, porém, somos levados pela nossa humanidade fraca e precária, e, assim, expressamos o pensamento do mundo: rejeitamos o sofrimento, repudiamos toda mudança de planos, não aceitamos ser humilhados querendo que tudo ocorra sem nenhum contratempo. Na nossa pretensão não aceitamos ser humilhados e o nosso orgulho logo se exaspera quando alguém nos acena com esta perspectiva. Jesus veio para nós justamente porque somos imperfeitos, por isso não podemos esmorecer diante da decepção que temos de nós mesmos (as), mas permanecer vigilantes reconhecendo a nossa fragilidade. Assim como falou aos discípulos Jesus hoje, também, quer saber de nós concretamente o que temos a dizer sobre Ele. Quem é Jesus para nós? Precisamos ter consciência de que Jesus é Aquele Enviado do Pai que veio ao mundo para, concretamente, nos fazer entende que todos nós podemos passar por qualquer dificuldade de vida ou morte, confiando no Seu poder e na graça do sustento de Deus. Ele é a Mão de Deus que nos ampara, por isso, não precisamos nos inquietar nem nos angustiar diante dos desafios. - Você percebe quando fala o pensamento de Deus e quando fala o pensamento do mundo? – Quem é Jesus para você?– Você costuma pensar antes de falar e de agir ou segue o impulso do seu coração? – Alguma vez você percebeu também que o Senhor não ficou nada satisfeito com o que você disse? – Você admite que passar por sofrimento e dificuldade é fato comum à nossa missão? - Você percebe quando fala o pensamento de Deus e quando fala o pensamento do mundo?
Helena Serpa, Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
Nenhum comentário:
Postar um comentário