A matéria é da agência de notícias
ZENIT:
O volume, escrito em alemão, foi entregue ao papa
no final da audiência. As atas foram redigidas no simpósio “Rumo à cura e à
renovação”, que, de 6 a 9 de janeiro de 2012, contou com a participação de 110
conferências episcopais, representadas, na maior parte dos casos, pelo bispo
encarregado dos casos de abuso na respectiva conferência. Participaram ainda
superiores gerais de mais de trinta ordens religiosas e cerca de setenta
especialistas em direito canônico, bem como psiquiatras e psicoterapeutas que
trabalham com as vítimas e com os abusadores.
As atas do simpósio serão apresentadas ao público
no próximo dia 5 de fevereiro, também na Universidade Gregoriana. Serão
divulgadas ainda as atividades do Centro para a Proteção dos Menores e o
programa de e-learning criado na Alemanha para prevenir abusos contra menores na
Igreja e na sociedade, além de prestar a ajuda devida às vítimas.
As iniciativas fazem parte da estratégia firme e
decidida do Vaticano na luta contra a pedofilia no interior da Igreja.
Na entrega das atas também estava presente o
diretor da assessoria de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, que
participou do simpósio. Na ocasião, o porta-voz vaticano disse a ZENIT que,
“além de aumentar o rigor no combate ao crime dos abusos contra menores,
cometidos por pessoas da Igreja, a iniciativa identificará um percurso que ajude
as vítimas e crie condições para evitar que pecados semelhantes se repitam no
futuro”.
Lombardi acrescentou que as conferências
episcopais estavam trabalhando “para pôr a circular em prática, formulando as
suas diretrizes”. Trata-se de “redigir um documento, mas também de praticá-lo.
Todo intercâmbio de experiências será útil”.
O jesuíta precisou que a Universidade Gregoriana
sediou o simpósio por ser “um grande centro acadêmico capaz de organizar uma
iniciativa como esta, que pede capacidades de tipo moral, jurídico, canônico,
pastoral e psicológico”, e especificou que o convênio foi gerido pelo Instituto
de Psicologia da Gregoriana, assim como o centro especializado que lhe dá
suporte.
Dom Charles Scicluna, promotor de justiça da
Congregação para a Doutrina da Fé, destacou no simpósio a vontade firme de
“extirpar e prevenir esta chaga aberta”, porque “os abusos são um fenômeno muito
triste que, além de pecado, são um delito. E como delito, existe para eles a
justa jurisdição do Estado e o dever de colaborar com esta jurisdição
penal”.
Duas cerimônias marcaram o final do simpósio: a
primeira, penitencial, foi presidida pelo cardeal Marc Ouellet, prefeito da
Congregação para os Bispos. A segunda, uma missa concelebrada, foi presidida
pelo cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos
Povos.
Por CNBB/ZENIT

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