da Agência Folhada Folha Online
A família da médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança morta na última terça-feira (12) no terremoto de 7 graus de magnitude que atingiu o Haiti, agradeceu as manifestações de apoio recebidas desde sua morte. "Ela ia ficar muito feliz em ver tanta gente aqui, e deve estar sorrindo lá do céu para todo mundo", disse a neta Caroline, de 14 anos, durante seu enterro.
Veja imagens do velório de Zilda ArnsEnvie o seu relato sobre o terremoto no HaitiBrasil divulga telefones para vítimas do paísVeja especial sobre Zilda ArnsVeja a repercussão da morte de Zilda ArnsLeia íntegra da palestra que Zilda Arns preparou para apresentar no Haiti
O corpo de Zilda Arns foi enterrado pouco antes das 17h, sob salva de tiros e revoada de pombos brancos, no cemitério Água Verde, em Curitiba (PR). No local, já estavam enterrados o marido de Zilda e dois de seus filhos.
Nascida em Forquilhinha (SC), Zilda cresceu em Curitiba, onde fica a sede nacional da pastoral. A cerimônia do enterro foi restrita a familiares e amigos, mas cerca de 200 pessoas aguardavam a chegada do corpo na entrada do cemitério, por volta das 16h.
No total, aproximadamente 7.000 pessoas compareceram ao velório da médica entre este sábado e sexta-feira, segundo a segurança do evento. Voluntários e líderes da Pastoral da Criança, autoridades, religiosos e admiradores fizeram filas de até duas horas para prestar a última homenagem à médica.
Durante o cortejo pelas ruas de Curitiba, o corpo de Zilda foi aplaudido. Pessoas estenderam faixas com de carinho durante o trajeto de cerca de sete km do Palácio das Araucárias ao cemitério. Escoltado por 20 batedores, o cortejo levou meia hora para chegar ao local do sepultamento.
Às 14h deste sábado, uma missa de corpo presente foi celebrada pelo presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geraldo Lyrio, no Palácio das Araucárias, sede do governo paranaense. Cerca de 400 pessoas acompanharam a missa.
Durante a missa, um dos filhos da médica, Nelson Arns, coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança, disse que ela sempre dizia que precisava preparar filhos, netos e colaboradores para dar continuidade a seu trabalho. "Ela vivia cada dia como se fosse o último, estruturando todas as áreas de sua vida de forma a ter continuidade em sua ausência. É isso que dá agora continuidade a tudo", afirmou Nelson.
A família fez uma homenagem a Zilda Arns, apresentando o último vídeo gravado por ela no Natal. No vídeo, ela agradece a todos os que acreditam na pastoral, apela para que a obra continue, dá graças a Deus pela vida e pelo trabalho e diz que é muito feliz, desejando a todos um feliz 2010. "O mundo não será melhor se todos ficarem ricos, mas será melhor se todas as pessoas crescerem em igualdade", diz a médica, ao final da gravação.
Com a Agência Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário