quinta-feira, 23 de abril de 2009

DOM EUGÊNIO RIXEN FALA SOBRE A FORMAÇÃO CATEQUÉTICA NO BRASIL E SEUS DESAFIOS

A iniciação cristã foi um dos temas da segunda coletiva de imprensa realizada na 47ª Assembleia Geral da CNBB, em Indaiatuba (SP). O bispo da diocese de Goiás (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, dom Eugênio Rixen, explicou que, no Brasil, há cerca de 600 mil catequistas “ensinado as nossas crianças a palavra de Deus”.
Ainda segundo dom Eugênio, a iniciação cristã segue três linhas de pensamento. “A primeira é tentar formar discípulos nos ensinamentos de Jesus Cristo, ou seja, evangelizando. A segunda diz respeito aos processos de formação dos novos catequistas que devem se apaixonar por Jesus e por seus ensinamentos, pois só assim conseguiremos atrair novos adeptos à palavra de Deus. Terceiro, celebrar a fé, o que nós fazemos na liturgia, por exemplo. Uma fé que não é celebrada em liturgia, como Jesus nos ensinou, não pode ser uma verdadeira fé”, explica.As barreirasQuestionado sobre as dificuldades em formar novos catequistas, dom Eugênio fala abertamente que “hoje, sem dúvida, há um desafio enorme em formarmos novos catequistas e vejo que esta crise econômica vem nos atrapalhando ainda mais, pois a falta de dinheiro e de emprego transforma as pessoas. Elas ficam desprotegidas, principalmente da palavra de Deus. E é nessas horas em que devemos agir de forma mais direta. Muitos falam que catequese é coisa de criança, mas não podemos esquecer o exemplo de Jesus Cristo, que ‘catequizava os adultos sem se esquecer de abraçar as crianças’. Queremos estar mais no mundo dos adultos, dos deficientes, dos pobres”.Segundo dom Eugênio, a grande rotatividade dos catequistas também dificulta sua formação. O bispo lembra, no entanto, que esforço não tem faltado para capacitar os catequistas. “Queremos fortalecer as escolas catequéticas em todo o país, nas dioceses e nos regionais. Estamos abrindo vários cursos de pós-graduação em pedagogia catequética, com reconhecimento pelo Ministério da Educação, isso ajudará a graduar melhor os nossos futuros catequistas, diminuindo a evasão”.

CNBB

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