Foram 128 mortos, 26 desaparecidos confirmados e 5.567 desabrigados. Já os desalojados somam 27.236, de acordo com dados da Defesa Civil do estado de Santa Catarina atualizados nesta terça-feira, 16.
Apesar de todos os acontecidos, a Defesa Civil continua a divulgar que o tempo continuará instável nos próximos dias na região atingida. Na madrugada desta terça-feira por volta da 0h00 as chuvas voltaram a ameaçar e inundar a região de Joinville. Segundo o Departamento Estadual da Defesa Civil (Dedc) a cidade mais afetada com essa nova onda de temporais é Palhoça, onde mais de dez bairros enfrentam alagamentos.
Esta é a realidade que milhares de pessoas em Santa Catarina estão enfrentando. Para amenizar tamanho sofrimento, trabalham incansavelmente, numa rede de solidariedade, a Ação Social Arquidiocesana de Florianópolis (Asa), A Associação Diocesana de Promoção Social de Joinville (Adipros) e a Cáritas diocesana de Blumenau, todos ligados à Rede Cáritas Brasileira, que por sua vez, fez um convênio com a Cáritas Alemã e conseguiu 150 mil euros para a aquisição de utensílios de primeira necessidade, como: fogões, colchões, geladeiras, e outros.
De acordo com Joice Lubaski, do departamento financeiro da Adipros de Joinville, cerca de 44 funcionários trabalham na campanha dos atingidos pelas enchentes e deslizamentos que ocorrem nas principais cidades atingidas do estado. Para a voluntária, as maiores dificuldades durante essa crise por que passa Santa Catarina decorre das chuvas que não cessam no estado. Ela lembra que as contribuições chegam de todo o país e também de fora, como dos Estados Unidos. “Um dos pontos negativos em tudo isso são as chuvas que não cessam. Hoje, por exemplo, ainda não parou de chover”. Até o último balanço feito pela entidade, 47.138,26 reais foram depositados em suas contas bancárias. Joinville, Itapoá e Itajaí receberam 14 caminhões abarrotados de mantimentos nas últimas semanas, distribuídos pela Adipros – Joinville.
Já o assessor da Asa, de Florianópolis, Fernando Anísio Batista, diz que as colaborações para o desastre têm origem nas 65 paróquias que compõem a arquidiocese da capital catarinense. No último levantamento feito pela entidade, cem toneladas de mantimentos tinham sido conseguidos até o fim da primeira semana de dezembro. Na conta bancária divulgada pela Asa, durante o acontecimento, 500 mil reais tinham sido depositados até o último levantamento realizado também na primeira semana de dezembro. “Esse valor já foi alterado e está mais alto, mas ainda não fizemos a contagem final”, disse o assessor. A campanha da Asa de Florianópolis encerrou na segunda-feira, 15.
Fernando também fez uma breve explicação de como foi a tragédia no estado de Santa Catarina. De acordo com o assessor, o drama se deu em duas proporções: na região de Blumenau, Gaspar e Ilhota houve deslizamentos de terra. Já na região de Itajaí foram as enchentes que desabrigaram 90% da população e o volume de águas chegou a alcançar 2m de altura na maioria dos bairros. Onde houve as enchentes, as paróquias se mobilizaram e na última semana (7 a 14 de dezembro) havia 2.180 pessoas desabrigadas e alojadas em salões paroquiais e colégios católicos de Itajaí. Hoje esse número caiu para 100 pessoas.
CNBB
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